A Justiça dos Estados Unidos determinou o retorno de uma criança de 5 anos, que mora no país com a mãe, para a família do pai, que vive no município de Águia Branca, no noroeste do Estado. A previsão é que o pequeno Guilhermy chegue ao Brasil no próximo sábado (17) e possa, após mais de um ano, reencontrar o pai, o pedreiro Fernando Silva de Souza, de 29 anos.
De acordo com a advogada da família do pai, Analú Capácio Cuerci Falcão, a mãe do menino viajou com ele para Curitiba, em dezembro de 2013. A previsão era de que eles voltasse em janeiro do ano passado. A família de Fernando, inclusive, preparou uma festa para Guilhermy, que faz aniversário no dia 20 de janeiro. No entanto, o combinado não foi cumprido e o pai da criança ficou sem saber de seu paradeiro.
“Quando a família descobriu, eles [a mãe e o menino] já estavam nos Estados Unidos. A família me procurou e entramos em contato com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, em Brasília, para que nos auxiliasse nesse caso”, contou a advogada.
Ainda de acordo com Analú, o órgão do governo brasileiro ajudou a descobrir em que região dos Estados Unidos Guilhermy e a mãe estavam. A Justiça dos Estados Unidos determinou o retorno da criança, considerando que o caso se caracterizou como sequestro internacional de criança, conforme a Convenção de Haia.
“Em outubro descobrimos que eles estavam no estado de Massachusetts. Foi então aberto um processo na Suprema Corte Norte-Americana, que, no dia 19 de dezembro, determinou que a mãe enviasse a criança de volta para o Brasil até o dia 15 de janeiro”, disse.
A mãe então conseguiu uma passagem para Guilhermy voltar ao país de origem no próximo sábado, dois dias depois do determinado pela Justiça norte-americana. Segundo a advogada, a criança voltará sem a mãe, acompanhada apenas de uma assistente de bordo. A previsão é de que o garoto desembarque no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, onde será recebido pela família do pai.
De acordo com Analú, foi instaurado um inquérito no Brasil para apurar possíveis crimes cometidos pela mãe de Guilhermy para conseguir sair com o menino do país. “É possível que ela tenha conseguido documentos falsos em Curitiba. Ela teria adquirido uma certidão de nascimento para o garoto indicando o companheiro da época como pai dele”, frisou.
