O imbróglio envolvendo o pastor Usiel Carneiro de Souza e o grupo de 25 pessoas que pediu seu afastamento da Igreja Batista da Praia do Canto pode estar perto de uma solução. A Justiça marcou para o dia 4 de dezembro, em Vitória, uma audiência de conciliação entre as partes.
A conciliação foi marcada pelo desembargador Sérgio Ricardo de Souza, do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo (TJES), para o horário de 15h.
De acordo com José Carlos Rizk Filho, advogado do pastor e presidente da Ordem dos Advogados do Brasil do Espírito Santo (OAB-ES), a audiência funcionará como uma tentativa de consenso entre as partes.
Isso acarretaria o fim do processo movido pelo grupo que discorda das ações de Carneiro dentro da igreja e cessaria a batalha judicial.
“Nós entendemos que um acordo é o melhor para todo mundo. A igreja já teve uma exposição excessiva, tenho plena confiança de que o bom diálogo pode ser exercido. Essa iniciativa do desembargador Sérgio Ricardo de Souza deve ser aplaudida”, afirmou Rizk Filho.
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O advogado explica que durante a sessão, comparecerão ele, seu cliente, o advogado do grupo dissidente e pelo menos cinco dos executores do processo, como exigido pelo desembargador.
De acordo com Rizk, os termos do acordo ainda não foram plenamente discutidos, mas a permanência do pastor à frente da igreja ainda é um tema de suma importância para o caso.
“Esperamos que haja diálogo, uma conciliação ou talvez até um perdão mútuo. Como o Judiciário tem a função de pacificação, é isso que procuramos, que se perdoem e sigam juntos na igreja ou não”, disse o advogado.
No último dia 12 de novembro, o desembargador concedeu ao pastor uma liminar que suspendia seu afastamento da igreja.
Relembre o processo
No início de outubro, o pastor Usiel Carneiro de Souza, de 60 anos, foi afastado da Igreja Batista da Praia do Canto por conta de uma decisão judicial, que aponta divergências inconciliáveis com a doutrina batista.
A decisão determinava que o pastor se afastasse da direção da igreja, além de entregar as chaves do local e todas as documentações de gestão do imóvel.
A ação para afastamento foi movida por membros da própria igreja, que afirmavam que o pastor introduzia pautas que iam de encontro à doutrina batista. A queixa passou por deliberação de um Concílio Decisório para apuração do caso.
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O advogado Fabio Lucianno Ferreira, que representa o grupo dissidente, foi procurado pelo Folha Vitória, mas não foi localizado. Esta matéria será atualizada assim que houver a devida manifestação.
