Por meio de uma imagem de satélite, pesquisadores do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), da Universidade Federal do Alagoas (Ufal), detectaram imagens que podem desvendar a origem do óleo que atinge as praias do Nordeste.
Depois de três semanas de processamento de imagens do satélite Sentinel-1A, o pesquisador Humberto Barbos identificou, na última segunda-feira (28), um vazamento de óleo, em formato meia lua, com 55 km de extensão e 6 km de largura, a uma distância de 54 km da Costa do Nordeste. O local fica no Sul da Bahia, nas proximidades dos municípios de Itamaraju e Prado.
“Tivemos um grande impacto, pois pela primeira vez, encontramos uma assinatura espacial diferenciada. Ela mostra que a origem do vazamento pode estar ocorrendo abaixo da superfície do mar. Com isso, levantamos a hipótese de que a poluição pode ter sido causada por um grande vazamento em minas de petróleo ou, pela sua localização, pode ter ocorrido até mesmo na região do Pré-Sal”, alerta Barbosa.
A região analisada pelo pesquisador fica nas proximidades de áreas de exploração de petróleo, conforme mapeamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).