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Liga suspende desfiles e carnaval do Rio não acontecerá em fevereiro; situação no ES segue indefinida

Representantes de todas as agremiações se posicionaram a favor do adiamento

Foto: Divulgação

Os desfiles das Escolas de Samba do Rio não acontecerão em fevereiro, e o carnaval da cidade não tem data para acontecer no próximo ano. A decisão da suspensão da festa na Marquês da Sapucaí foi tomada na noite da quinta-feira, 25, em reunião realizada pela Liga das Escolas de Samba (Liesa). Os blocos de carnaval, por sua vez, haviam decidido pela suspensão de suas celebrações de rua ainda no mês passado.

No Espírito Santo, a situação dos desfiles das escolas de samba, que acontecem uma semana antes do carnaval oficial, segue indefinida. Segundo as agremiações do Carnaval Capixaba, uma nova reunião entre a Liga Independente das Escolas de Samba do Grupo Especial (Liesge), Liga Independente das Escolas de Samba do Espírito Santo (Lieses) e Prefeitura de Vitória vai acontecer na segunda quinzena de outubro. Até lá, ainda que de forma tímida, as escolas seguem trabalhando. 

REUNIÃO DAS ESCOLAS DO RIO

Representantes de todas as agremiações se posicionaram a favor do adiamento. Por ora, os dirigentes das escolas de samba optaram apenas por suspender o carnaval, mas um cancelamento definitivo não está descartado. Três coisas pesam para definir os desfiles em 2021: imunização em massa contra o novo coronavírus, o que ainda depende da aprovação de uma vacina; tempo hábil para que as escolas se organizem; e questões financeiras.

Mesmo que a vacinação se torne uma realidade nos próximos meses e o desfile fique viável em 2021, os dirigentes avaliam que o carnaval provavelmente não acontecerá nos moldes tradicionais. A tendência é que ele seja menor, com menos alas e alegorias. Uma última opção, mas que ainda enfrenta resistência, é cancelar definitivamente os desfiles e esperar por 2022.

A Associação Independente dos Blocos de Carnaval de Rua da Zona Sul, Santa Teresa e Centro (Sebastiana) já havia decidido suspender o desfile de blocos no mês passado. “Para nós é fundamental ter vacinação em massa da população”, afirma Rita Fernandes, presidente da associação.

Ela vê como correta a decisão da Liga das Escolas, mas ressalta que se tratam de dois modelos diferentes de fazer carnaval. Por isso, Rita não descarta que os blocos de rua desfilem em algum momento no próximo ano, mesmo que a Liga opte por cancelar sua apresentação na Sapucaí.

“As escolas dependem de um tempo muito maior para se preparar, de quase um ano. Teoricamente, a gente consegue montar um desfile de bloco em um mês. Claro que gostaríamos que acontecessem e que fosse num mesmo período, mas pode ocorrer de ter uma expressão carnavalesca – eu nem estou chamando de carnaval – numa data diferente”, comenta a presidente da Sebastiana.