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Lojistas querem mais prazo para devolver quiosques de terminais da Grande Vitória

Comerciantes que atuam nos quiosques e pontos comerciais que funcionam dentro dos terminais da Grande Vitória reclamam que Ceturb será responsável por desemprego de trabalhadores

Comerciantes terão que devolver imóveis para Ceturb Foto: Leitor | WhatsApp Folha Vitória

Os comerciantes que trabalham em quiosques e lojas que ficam dentro dos terminais de ônibus na Grande Vitória prometem fazer manifestação contra a Ceturb que deu prazo para que os imóveis sejam entregues até março de 2017. Os comerciantes alegam que possuem contrato indeterminado e não têm condições de se desfazerem dos pontos comerciais dentro do prazo estabelecido.

De acordo com o diretor da Associação dos Lojistas do Terminal (Alotur) e Associação dos Comerciantes do Terminal (Acomtur), Ivo de Souza Oliveira, os comerciantes pedem um prazo maior para a entrega dos quiosques e pontos comerciais.

“Temos um contrato de aluguel por tempo indeterminado e a Ceturb não quer renovar. Não conversa com a gente para acharmos uma melhor saída. Pedimos um prazo de cinco anos para podermos nos desfazer das lojas, demitir funcionários. Para se ter uma ideia só nos terminais de Carapina e Laranjeiras são 49 lojistas e todos geram empregos. Essa medida vai fazer com que muitas famílias passem necessidade”, afirmou.

Ivo disse ainda que os comerciantes já realizaram uma manifestação na Assembleia Legislativa na tentativa de barra o processo de licitação dos imóveis que acontecerá no próximo dia 12 de dezembro. Ele não descarta novas manifestações.

“Todos os comerciantes irão se reunir no sábado para resolvermos as manifestações que iremos fazer até o dia 12. A Ceturb não pode fazer um pregão eletrônico, praticamente vendendo os pontos comerciais para outras pessoas com a gente ainda dentro”.

Questionado sobre a participação dos atuais comerciantes no pregão eletrônico, Ivo foi categórico: “Não tem como participarmos. Foram estipulados preços altos demais. O lance inicial da luva (direito de ficar no imóvel por cinco anos cujo valor é pago integralmente), é de R$ 100 mil. Já o aluguel do metro quadrado está a R$ 94”.

O diretor de planejamento da Ceturb, José Carlos Moreira, informou que os valores dos lances são calculados de acordo com o mercado. Disse ainda que, o assunto já vem sendo tratado com os comerciantes dos terminais há pelo menos três anos. 

“Já estamos tratando com eles todo este tempo a necessidade de legalizar os contratos vigentes. Hoje, como está, por tempo indeterminado, fere a Lei de Licitações. Os comerciantes que já estão nos terminais podem participar deste pregão eletrônico. Mas, no dia 1º de março todos terão que devolver os imóveis”, afirmou.