Escondida no Vale de Iya, em Tokushima, menor ilha do arquipélago japonês, está a vila de Nagoro. Ela é tão pequena que é até difícil chamar de vila. O número de moradores não chega a 40, todos idosos — em agosto de 2016 foram registrados 30 habitantes. Mas a fama do local é outro: ela é cheia de espantalhos. Há cerca de 12 para cada morador, e os números só aumentam
Tudo começou com Tsukimi Ayano, que saiu da vila ainda criança para viver na cidade de Osaka. Ao retornar, no início dos anos 2000, percebeu que o local não era mais o mesmo. Após a morte do pai, ele fez um espantalho parecido com seu genitor para deixar no campo e percebeu que as pessoas conversavam com o boneco.
Em razão disso, ele continuou fazendo espantalhos. Na verdade, centenas deles. Por esse motivo, Nagoro é agora conhecida como a Vila dos Espantalhos.
As salas de aula da última escola da vila, fechada em 2012, está cheia espantalhos de crianças. O mesmo pode ser observado nas lojas.
Com isso, os espantalhos tornaram-se uma espécie de ritual da vila. Pessoas que perdem parentes encomendam um deles para suprir a perda.
“É algo para trazer de volta memórias para moradores locais”, afirmou à Reuters Osamu Suzuki, um morador local.