Geral

Maduro desinstala WhatsApp ao vivo e diz que vai romper relações com o app

Segundo o presidente da Venezuela, o aplicativo é uma "ameaça" e estaria prejudicando o povo venezuelano

Foto: Reprodução/Redes Sociais

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, desinstalou o aplicativo “WhatsApp” de seu celular durante uma transmissão da TV estatal venezuelana, nesta segunda-feira (06). 

Segundo ele, o app seria uma “ameaça” para o país e estaria prejudicando o povo venezuelano. 

Veja o vídeo:

“Vou romper relações com o WhatsApp, porque o WhatsApp está sendo usado para ameaçar a Venezuela. Vou apagar para sempre o meu WhatsApp do meu celular, aos poucos vou transferindo meus contatos para o Telegram, para o WeChat. É preciso fazer isso, dizer não ao WhatsApp, tira-lo da Venezuela”, disse Maduro.

>> Quer receber nossas notícias 100% gratuitas? Participe do nosso canal do Telegram!

Segundo Maduro, lideranças chavistas, oficiais das forças armadas e policiais estão sendo ameaçados por meio do WhatsApp, devido ao silêncio sobre falta de transparência nas eleições presidenciais que o teriam reelegido, no último dia 28 de julho. 

“Vocês querem paz? Excluam o WhatsApp. O WhatsApp entregou a lista de toda a Venezuela ao narcotráfico colombiano, ao imperialismo tecnológico, para que atacassem e enlouquecessem a família venezuelana”, afirmou Maduro.

O app “Telegram” foi sugerido como alternativa para o WhatsApp, sendo gerido por empresários russos. 

Já a outra alternativa, o “WeChat”, é de origem chinesa, mas se engana quem acha que as sugestões são sobre “proximidades políticas”. O “TikTok”, também de origem chinesa, foi outro app atacado por Maduro. 

O presidente já havia dito anteriormente que o Instagram, da americana Meta (também dona do WhatsApp), e o TikTok eram “multiplicadores do ódio” no país.

LEIA TAMBÉM: Daniel Mastral: a história do ex-satanista encontrado morto

Eleições venezuelanas 

A Venezuela entra na segunda semana após as eleições presidenciais, sem a divulgação de nenhuma ata eleitoral que comprove a vitória de Nicolás Maduro. 

A oposição, do candidato Edmundo González Urrutia, liderada pela ex-deputada María Corina Machado, afirma ter ganhado o pleito e exige a apresentação das atas de mesa, o que o regime ainda não fez. Ainda assim, o CNE (Conselho Nacional Eleitoral), presidido por um chavista, declarou a vitória de Maduro.

LEIA TAMBÉM: Frente fria chegando: veja a previsão do tempo para o ES

Na segunda-feira, Edmundo González e María Corina divulgaram uma carta aberta em que pedem que as Forças Armadas reconheçam o opositor como presidente eleito.

A apresentação das atas por parte da oposição e a falta da apresentação delas pelo CNE fez com que diversos países declarassem que reconhecem Edmundo González como presidente eleito. Estados Unidos, Argentina, Uruguai, Equador, Costa Rica, Panamá, Peru e El Salvador já fazem parte desse grupo. 

A posição oficial do Brasil é de cobrança em relação à liberação das atas, seguido por países como Colômbia, México e Canadá. 

LEIA TAMBÉM: Cristal: tutor oferece recompensa por cadela desaparecida há 2 meses