Milhares de pessoas com sintomas respiratórios nos Pronto-Atendimentos (PAs) da Praia do Suá e São Pedro e na barreira sanitária instalada da rodoviária de Vitória, já foram beneficiadas com a distribuição de máscaras caseiras.
A iniciativa segue o princípio “eu te protejo, você me protege“, e esta semana, mais 5 mil unidades serão entregues. As máscaras estão sendo produzidas por costureiras que atuam na produção de fantasias das escolas de samba de Vitória, por meio de uma parceria da Prefeitura de Vitória e da Companhia de Desenvolvimento, Turismo e Inovação de Vitória (CDTIV) com a Liga Independente das Escolas de Samba do Grupo Especial (Liesge) e a Liga Espírito-Santense das Escolas de Samba (Lieses).
A previsão é que nas próximas semanas sejam produzidas até 40 mil máscaras por semana, o que viabilizará a distribuição do material para a população de Vitória, de acordo com Leonardo Krohling, do Comitê de Acompanhamento e de Recuperação Econômica para Situação de Emergência de Saúde Pública – covid-19.
Krohling explica que neste primeiro momento, a confecção das máscaras foi viabilizada graças ao material que sobrou do Carnaval e foi disponibilizado pelas ligas e que a previsão é que, na próxima semana, com a entrega do material comprado pela Prefeitura de Vitória, a produção aconteça em larga escala, possibilitando a ampliação da distribuição para a população, principalmente para aqueles que vivem em situação de vulnerabilidade social.
Unidades
A partir desta semana, as unidades de saúde também passam a entregar a máscara caseira para os usuários que chegam aos serviços desprotegidos. Para a secretária municipal de Saúde, Cátia Lisboa, com essa parceria, Vitória está conseguindo alcançar aquele público que ainda não faz o uso das máscaras. Além dos pacientes das US, também estão sendo distribuídas as máscaras aos usuários dos serviços de transportes sanitários.
Trabalho
O presidente da Liesge, Edvaldo Teixeira, destaca a importância da iniciativa: “Essa parceria veio num momento muito importante. Neste período de pandemia, muitas costureiras ficaram sem trabalhar e dependem de doações para alimentar suas famílias. Além de garantir uma renda para quase 100 famílias, elas vão atuar numa frente muito louvável, que é a confecção de máscaras para proteger a população contra esse inimigo invisível”, afirma.
O presidente da Lieses, Edson Neto, também aprovou a parceria:
“Neste momento de crise gerada pela Covid-19, voltamos a pensar nas comunidades e na sociedade em geral. Colocamos nossos ateliês e costureiras à disposição para amenizar os impactos causados pela pandemia. Essa parceria com as escolas vai favorecer ainda mais esse trabalho, dando estrutura e oportunidade para mostrar que as agremiações estão do lado da sociedade”, destaca.