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População ao relento: mais da metade dos pontos de ônibus em Vitória não tem abrigo

De acordo com o subsecretário de Transportes de Vitória, a manutenção e a implantação de abrigos de pontos de ônibus é cara. Mais de R$ 200 mil foram utilizados com os serviços

Faça sol ou faça chuva, usuários no ponto sem proteção ficam à mercê do clima Foto: Reprodução/TV Vitória

Mais da metade dos pontos de ônibus da Capital capixaba não possuem abrigos. Segundo a prefeitura de Vitória, a intenção é instalar estrutura em todos os pontos possíveis, até 2016. Enquanto isso, o passageiro precisa esperar debaixo de sol ou chuva sem proteção.

O passageiro que é transportado por ônibus em vários pontos de Vitória precisa esperar a condução de pé e sem abrigo de sol ou chuva. A estudante Ellyne Moura se protege do frio no ponto da Avenida Governador Bley, no Centro de Vitória. A proteção na parte de trás está quebrada e a estudante precisa se encolher enquanto aguarda o coletivo. “Quando chove, às vezes com chuva de vento, molha a gente todinho”, diz a estudante.

A situação das coberturas dos pontos é semelhante em vários locais da Capital. Em frente ao Palácio Anchieta, na Avenida Getúlio Vargas, não há espaço para sentar e a tapagem é pequena. “Precário. Sol forte, chuva, tem que aguentar”, afirma a dona de casa Lúcia Ribeiro.

Na Avenida Jeronimo Monteiro a cena é pior. A indicação para saber que o local é um ponto de ônibus é só com uma placa. “Se você for à Beira Mar, a situação das pessoas é ao relento sob sol, chuva… E aqui no Centro é a mesma coisa”, conta a servidora pública Rosangela Belchior.

Casos parecidos também podem ser encontrados nas avenidas General Osório e República, também no Centro da Capital. Segundo a prefeitura, Vitória possui ao todo 962 pontos de ônibus. Destes, 419 possuem abrigos, 277 não podem receber a estrutura por conta das características da calçada e outros 266 estão mesmo sem cobertura.

De acordo com o subsecretário de Transportes de Vitória, José Eduardo Souza, a manutenção e a implantação de abrigos de pontos de ônibus é cara. Somente em 2014, mais de R$ 200 mil foram utilizados com os serviços. Mesmo assim, a expectativa é de instalar a estrutura em todos os pontos possíveis até 2016.