Um verdadeiro berçário mundial das andorinhas-do-mar. É assim que várias ilhas do litoral Sul do Espírito Santo podem ser descritas. São mais de 15 mil aves que vem de todo o oceano Atlântico para as ilhas capixabas para se reproduzir. No período de 15 de abril a 15 de outubro, uma resolução do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) proíbe a entrada de pessoas nas ilhas para não atrapalhar o período de acasalamento.
As ilhas Itatiaia e Ilha dos Pacotes, em Vila Velha, a Ilha Escalvada, em Guarapari, a Ilha Branca, em Marataízes, e as Ilhas Galhetas, em Vitória, recebem um terço de toda a população mundial das andorinhas de bico vermelho.
“Algumas dessas ilhas recebem turistas e pessoas que querem conhecer a região. Outras ilhas têm somente faróis de localização da Capitania dos Portos. O importante é conscientizar a população de que não se deve atrapalhar a reprodução das andorinhas”, diz o diretor da Associação Vila Velhense de Proteção Ambiental (Avidepa), César Musso.
A costa do Espírito Santo é o maior local da reprodução destas espécies em todo o Atlântico Sul. O que se espera que é práticas antigas não se repitam. “Infelizmente, antigamente, existiam pessoas que iam às ilhas para pegar os ovos para comer. Isso prejudicava muito toda a reprodução”, completa Musso.
As andorinhas-do-mar são aves marinhas muito vulneráveis aos distúrbios do clima, pois possuem pequenas áreas de reprodução concentrando um grande número de indivíduos em localidades especificas. As andorinhas-do-mar-de-bico-amarelo e as andorinhas-do-mar-do-bico-vermelho se reproduzem no litoral brasileiro nas ilhas costeiras do Espírito Santo até Santa Catarina.
