Após a morte de um torcedor no estádio do Mineirão, durante o jogo do Brasil e Chile, no último sábado (28), que levou a seleção brasileira as quartas de final da Copa, a preocupação com doenças cardíacas se tornou ainda maior. Em um levantamento feito pela Unimed Vitória, a pedido do jornal online Folha Vitória, entre os dias 12 a 30 de junho, foram realizados 207 atendimentos na emergência cardiológica no hospital.
A Unimed esclareceu que esse é um número geral, com base em todos os atendimentos realizados desde o dia 12, e não corresponde especificamente aos dias em que a seleção brasileira jogou.
Segundo o cardiologista Shariff Moyses, dentre as doenças do coração, o infarto é uma das mais comuns, junto com o Acidente Vascular Cerebral (AVC). Os ataques são fulminantes e podem levar à morte. Passar por fortes emoções, como a do último jogo do Brasil na Copa do Mundo, pode ser até fatal.
Dicas para torcer
Que o jogo de sábado não foi para corações fracos, é verdade, mas quem tem vulnerabilidade a ataques do coração deve ficar atento. “O estresse é o estopim de ataques do infarto agudo do miocárdio. Para se ter uma ideia, 50% dos ataques do miocárdio levam o indivíduo à morte, não dá tempo nem de receber os primeiros socorros”, diz o cardiologista.
Para ele, o primeiro passo é fazer um check-up de exames para ver se o coração está em risco. “Bem, o primeiro passo é fazer uma bateria de exames. Depois, fazer exercícios regularmente e, se for o caso, é importante que o paciente tome um tranquilizante para que o corpo produza endorfina e acalme a pessoa, claro, sempre sob orientação médica”, completa Shariff