Muitas pessoas não se consideram em condições de adotar uma criança e arcar com todas as responsabilidades que esta atitude requer, mas podem se tornar um referencial afetivo, familiar, comunitário e fazer companhia. São 46 crianças e adolescentes que moram, atualmente, em um dos abrigos mantidos pela Prefeitura de Linhares. Elas aguardam por este ato de coragem e de solidariedade.
De acordo com a prefeitura da cidade, estão abertas as inscrições para o cadastro do Programa de Apadrinhamento Afetivo da Prefeitura de Linhares (PPA) por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social. A intenção é que as crianças e adolescentes tenham uma convivência familiar. Os interessados podem se inscrever no site institucional da prefeitura no link Apadrinhamento Afetivo.
Segundo a prefeitura, para participar é preciso ter mais de 21 anos, ter um ambiente familiar adequado e não estar no cadastro nacional de adoção. Outra exigência é que o nome da pessoa não conste em nenhum processo envolvendo crianças em situação de risco.
De acordo com a psicóloga que atua no projeto, Adriana de Azevedo, a proposta do PAA é o fortalecimento de novos vínculos afetivos e não mais frustrações na vida destes menores que se encontram em medida de proteção. Ela destacou que em muitos casos, o único referencial adulto que eles têm, em toda sua infância e adolescência, são os cuidadores e supervisores destas casas.
“O apadrinhamento afetivo é uma oportunidade de resgatar o direito à convivência familiar e comunitária às crianças e adolescentes que se encontram em acolhimento institucional, destituídos do poder familiar e com remota possibilidade de colocação em família substituta”, explicou.
A assistente social Gicele da Silva santos, que também integra a equipe do PAA, disse ainda que o processo de apadrinhamento envolve outros requisitos. “O interessado deve ter disponibilidade de tempo e de doar afeto. Ele também precisa ter disponibilidade para participar de oficinas para se aproximar das crianças e adolescentes que já estão nas instituições acolhedoras”.
Antes das oficinas, os participantes passaram por entrevistas com psicólogos e assistentes sociais. “É uma pequena ação que pode mudar tanta coisa no futuro de uma criança e um adolescente lá na frente”, pontuou a assistente social.
Como se inscrever
Uma equipe técnica da Prefeitura, formada por assistentes sociais e psicólogos, além do Ministério Público, vai acompanhar todo o processo, orientar os padrinhos e apadrinhados, analisar e também fiscalizar. Os interessados em ser padrinho afetivo devem preencher uma ficha disponível no link do Apadrinhamento Afetivo no site da Prefeitura e depois encaminhar para o e-mail [email protected], ou procurar a equipe técnica do programa de segunda a sexta-feira, das 7:30 às 11:30. O telefone de contato é o 3372-209 e o endereço da Secretaria de Assistência Social é a Rua da Conceição, 238, centro – ao lado da Praça 22 de agosto.