Em três anos e meio, mais de 140 mil motoristas tiveram suas habilitações suspensas no Espírito Santo. Em situações assim, o condutor é obrigado a entregar a carteira ao Detran e recebe o documento de volta depois de cumprir o tempo de suspensão, de no mínimo seis meses.
Mais da metade desses motoristas não devolveram os documentos. Com isso, cerca de 50 mil condutores capixabas não poderiam estar no trânsito. “Infelizmente nós temos um número alto de inquéritos policiais instaurados, em que tivemos pessoas lesionadas, ou até mesmo mortas em acidentes, onde a pessoa que estava dirigindo, causadora do acidente, não era habilitada ou estava com a habilitação suspensa ou cassada”, afirmou a delegada Cláudia Dematté.
No ano passado, a Delegacia de Delitos de Trânsito emitiu 220 termos circunstanciados para motoristas flagrados dirigindo sem habilitação ou com o documento suspenso. Este ano, até esta quarta-feira (16) já foram 379. O número é 70% maior.
Diariamente o Batalhão de Trânsito da Polícia Militar realiza 16 blitze na Grande Vitória. Um dos objetivos é justamente impedir que motoristas irregulares continuem dirigindo. Quem é flagrado com a carteira cassada ou suspensa paga uma multa de R$ 975, e quem dirige sem carteira é multado em R$ 574.