Doar os corpos para a ciência após a morte? Isso pode parecer estranho, mas é o desejo de mais de 50 voluntários do Espírito Santo. O Laboratório de Anatomia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), por exemplo, conta com 32 corpos que são utilizados em disciplinas de 11 cursos.
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Para o estudante Pedro Fiori, que está no terceiro período de Medicina, as aulas com os cadáveres fazem toda a diferença na formação.
“Olhando o corpo humano apenas em figuras no papel não é o suficiente para fazermos a associação com os corpos reais. Quando temos contato com as peças disponíveis no laboratório é muito melhor. Por exemplo, observando a artéria aorta na peça, é possível ver os ramos irrigando toda a parede do tórax. Isso é fundamental para consolidarmos os conhecimentos que são fundamentais para a nossa formação”, disse o estudante.
O laboratório da Ufes conta com um programa de doação de corpos e qualquer pessoa com mais de 18 anos pode se inscrever.
O voluntário precisa preencher os formulários disponíveis no site do Departamento de Morfologia. Além de, claro, comunicar os familiares.
O professor da Ufes Eduardo Beber afirma que oferecer aos estudantes os corpos reais é de suma importância para a formação de profissionais de excelência.
“O mais próximo da realidade que os estudantes vão encontrar no mercado de trabalho são os cadáveres. Por isso, as aulas em laboratórios são fundamentais para oferecer um ensino de excelência para todos os cursos da área da saúde e, consequentemente, para a formação de profissionais capacitados para oferecer um atendimento de qualidade para toda a população”, disse o professor.
*Com informações do repórter Rodrigo Schereder da TV Vitória/RecordTV