Por meio do Depósito de Veículos Apreendidos (DVA), a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) concluiu, na última quinta-feira (23), a prensagem de cerca de 3,1 mil veículos, que resultou em, aproximadamente, mil toneladas de sucata. Com a venda da sucata, é estimada a arrecadação de, aproximadamente, R$ 420 mil, que serão distribuídos entre o Departamento Estadual de Trânsito do Espírito Santo (Detran) e a PCES.
A ação de prensagem é mais uma etapa do Leilão de Sucatas Inservíveis, realizado há cerca de nove meses. Dentre os veículos, 347 estavam no Pátio Central do Detran e outros 2.699 estavam no pátio do Depósito de Veículos Apreendidos (DVA) da Polícia Civil. A parte da prensagem dos carros, motocicletas e até caminhões ocorreu em maio.
O delegado-geral da PCES, José Darcy Arruda, ressaltou que o valor arrecadado com a venda da sucata será destinado para os cofres públicos estaduais e depois poderão ser revertidos para os trabalhos da polícia judiciária e suas unidades policiais.
“Esses valores serão utilizados para investimentos em toda a instituição, para compra de novos veículos, também, de novos equipamentos com a finalidade de dar condições para se adequar à modernidade. Além disso, na prática, as unidades policiais vão usufruir desse leilão em relação ao espaço que será liberado no depósito”, relatou.
O delegado titular do DVA, Érico Mangaravite, destacou que outra prensagem de cerca de 500 toneladas deve começar em breve. “Os leilões permitiram a retirada dos veículos dos pátios das delegacias. Isso possibilita melhor ambiente de trabalho aos policiais e melhores condições de atendimento à população. O pátio do DVA já armazenou mais de 5 mil veículos em 2017 e hoje armazena, aproximadamente, apenas 200, graças à realização dos leilões”, destacou.
Leilão
A iniciativa só foi possível a partir da parceria da Polícia Civil (PCES), juntamente com o Detran, o Ministério Público (MPES) e o Poder Judiciário, que culminou no Ato Normativo Conjunto nº 031/2018, responsável por regulamentar o recebimento, a guarda e a destinação de veículos apreendidos em inquéritos policiais capixabas.
A intenção dessas ações, segundo Mangaravite, é expandir os leilões para o interior do Estado para recolher os veículos que estão depositados nos departamentos regionais há anos e garantir que os veículos apreendidos no futuro também passem por essa nova metodologia. “Desta forma, os veículos não precisam ficar por anos estacionados em via pública, atrapalhando o trânsito e o fluxo de pedestres”, disse.