Pedidos da população, reunião pública, negativa dos moradores e associação, pedidos na justiça, nada disso foi suficiente para que evitasse a continuação do corte das castanheiras na Prainha de Muquiçaba em Guarapari. Na manhã de hoje, os moradores acordaram com o barulho das moto serras que faziam a supressão de mais uma árvores no bairro.
A castanheira que veio abaixo se encontrava em frente ao prédio Porto Maior. A síndica do mesmo prédio já havia falado com o vereador Thiago Paterlini que não houve reunião ou consulta sobre a supressão da castanheira em frente ao Porto Maior. “A desculpa do município para esse corte das árvores é que as raízes estão afetando a rede de esgoto e encanações dos edifícios da Prainha, mas em nenhum momento nos mostraram um estudo e a possibilidade de outra alternativa. Estamos na contramão das outras cidades, que ao invés de cortarem estão plantando árvores”, disse Paterlini.
O morador Genario, conhecido como Ceará, está há 37 anos em Muquiçaba e acha um absurdo o corte das castanheiras. “Acho muito errado o corte dessas árvores, não pode fazer isso. Ela favorece a natureza, as crianças, com sombra para elas brincarem na praia, é lazer para todos. Aí vem e faz um absurdo desse, isso é um crime”.
“Pelos moradores não cortava, são mais de mil assinaturas para não acontecer, e mesmo assim o prefeito cortou na tora, às 6h da manhã. As que estão morrendo, concordo que tem que tirar, mas agora essa, é um absurdo, só em Guarapari para ele fazer isso”, relatou Ceará.