Um protesto contra a reforma da Previdência deixou o trânsito lento na reta do Aeroporto na manhã desta quarta-feira (15), para quem seguia no sentido Vitória x Serra. Por volta das 08h30, o grupo saiu da Praça de Goiabeiras, onde estava concentrado desde às 7 horas.
Um dos organizadores estima que pelo menos 500 pessoas participaram do ato. A Polícia Militar (PM) e a Central de Videomonitoramento informaram que não é possível precisar o número de manifestantes.
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A Polícia Militar (PM) e a Guarda Municipal acompanharam a manifestação e orientaram os motoristas.
De acordo com informações publicadas no site da Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Espírito Santo, os manifestantes seguiram em caminhada até o Aeroporto de Vitória. Segundo a CUT-ES, participam professores da rede pública também participaram do ato. De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários do Espírito Santo (Sindirodoviários-ES), Edson Bastos, motoristas e cobradores não aderiram à paralisação.
Ainda nesta quarta, a União dos Policiais do Brasil (UPB), que reúne as categorias de segurança pública do Brasil, promete realizar uma assembleia unificada com todas as categorias policiais que a integram para discutir a manutenção da atividade de risco policial contida na Constituição Federal na reforma da Previdência. No Espírito Santo, o ato irá ocorreu em frente à Assembleia Legislativa, em Vitória, às 10 horas, reunindo representantes policiais federais, rodoviários federais, civis e servidores penitenciários.
O ato em Vitória foi encerrado por volta de 10h30.
Entenda a manifestação
Movimentos populares e entidades sindicais convocaram em todo o País uma série de manifestações contra a reforma da Previdência para esta quarta-feira (15). A Frente Brasil Popular e a Frente Povo sem Medo encabeçam a convocação dos atos em 23 capitais.
Em cidades como Rio de Janeiro de São Paulo, ônibus e metrôs não circulam desde o início da manhã.
Os protestos coincidem com o dia de assembleias e greves convocadas por sindicatos da Educação no aís. “Em cada Estado existem as pautas estaduais, o enfrentamento com os governos estaduais. Mas, de maneira geral, é o enfrentamento ao desmanche da Previdência e às outras reformas do governo, que, mais do que reformas isoladas, faz reformas na natureza do Estado”, diz a secretária de Mobilização e Relação com Movimentos Sociais da CUT, Janeslei Albuquerque.
Os organizadores classificam a reforma proposta por Temer como o “fim da aposentadoria”. Uma das principais críticas é o estabelecimento da idade mínima de 65 anos para homens e mulheres, ponto considerado como inegociável pela equipe de Temer. Por outro lado, parlamentares da própria base aliada têm dito que a reforma não vai ser aprovada nos moldes que foi enviada ao Congresso.