Após mais de sete horas de protesto, os moradores do bairro Tabuazeiro, em Vitória, liberaram o trânsito na Capital, que ficou complicado durante a manhã e tarde desta terça-feira (9), em várias vias da Capital. Os moradores reivindicavam a instalação de um posto da Polícia Militar no bairro.
Moradores do bairro Tabuazeiro fizeram barricadas, até com parachoques, em chamas. O estopim para o protesto ocorreu, no último domingo (7) quando o auxiliar hidráulico, Renildo de Oliveira Gomes, conhecido como “Girineu”, de 34 anos, e que morava no bairro foi executado perto de casa, com quinze tiros.
Um morador do bairro que a morte violenta e recente do auxiliar hidráulico não é um caso isolado, no bairro. “A insegurança predomina na nossa comunidade, não aguentamos mais essa insegurança. A gente não aguenta mais. Só queremos policiamento e segurança. Nossa comunidade necessita de segurança”, diz o presidente da Associação de Moradores de Tabuazeiro, Miguel Mariani.
Enquanto os manifestantes circulavam pelas ruas do bairro, a prefeitura da Capital e o Corpo de Bombeiros enviaram homens para apagar o fogo onde o protesto começou. “A gente quer justiça, pegaram meu primo e fizeram uma covardia, deram 15 tiros”, externou uma moradora.
Do bairro Tabuazeiro, os manifestantes transferiram o protesto para a entrada do bairro, na Avenida Maruípe.
De acordo com a Polícia Militar, o patrulhamento foi reforçado na região e a discussão sobre a instalação de uma base fixa da PM no bairro, a questão ultrapassa o âmbito do batalhão e deve ser discutido na Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp).
“O que nós pudemos verificar é uma migração do tráfico de drogas do Bairro da Penha para outras regiões da Capital, dentre elas a região da Grande Maruípe. Nós estamos intensificando o patrulhamento com base móvel e vamos receber mais policiais. Porém, a instalação de unidade fixa da PM no bairro precisa ser discutido no plano estratégico da Sesp”, afirma o comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Alexandre Ramalho.
Ainda segundo a PM não foi registrado nenhum tumulto ou detenção durante o protesto.