Muitos pais ainda não fizeram as compras do material escolar para os filhos. Mas quem deixou para depois, tem de ficar de olho. Uma pesquisa feita pelo Procon de Linhares mostrou que um mesmo produto pode ter o dobro do preço dependendo da loja.
O levantamento foi feito em cinco papelarias da cidade. Segundo o Procon, em uma determinada loja uma mochila custava R$ 39,50. Em um lugar diferente, o mesmo produto estava por R$ 19,90. Ou seja, uma diferença de 98%.
A distância nos preços foi encontrada em, praticamente, todos os produtos de uso escolar. Um caderno de 20 matérias, por exemplo, que era vendido por R$ 16,90 em uma papelaria, custava R$ 24,99 em outra, de acordo coma pesquisa.
Ou seja, para economizar os pais vão ter de bater perna e seguir aquela dica que já não é novidade quando se fala em compras: pesquisar. “O consumidor precisa ficar atendo e aproveitar esse período que antecede a volta às aulas para pesquisar. Quando ele deixa para comprar em cima da hora acaba não tendo opção de escolha e ainda não consegue comparar os valores”, orienta o diretor do Procon de Linhares, Geraldo Roza.
Lista de materiais
Para ajudar os pais, muitas escolas elaboram a lista de materiais que devem ser comprados para que os estudantes possam usar durante o ano letivo. Mas, em muitos casos, as instituições podem listar produtos que não sejam de uso só do aluno, mas, sim, de todos.
Essa é uma prática proibida. Em 2013, o Congresso Nacional aprovou a lei nº 12.886. A regra veda que produtos de uso coletivo, como de limpeza e higiene, sejam incluídos na lista de material escolar. Mesmo se o contrato da escola informar que esses materiais são necessários, os pais não têm a obrigação de comprá-los.
Além disso, as escolas não podem criar taxas específicas de material escolar para compensar os gastos com esses materiais. Quando isso acontece, a orientação é fazer uma denúncia no Procon. Em Linhares, o órgão fica na Avenida Augusto Calmon, nº 1117, no Centro, no antigo prédio da Câmara Municipal. O telefone é o 3372-2129.