O prefeito de Vila Velha, Max Filho, espera que o município tenha 100 leitos de UTI com respiradores artificiais para tratar pacientes com o Coronavírus. A afirmação do prefeito foi durante entrevista à Rádio Jovem Pan News Vitória na manhã desta quarta-feira (8).
“Nenhum município tem a gestão plena de urgência e emergência e essa responsabilidade é do Estado. Nosso pronto atendimento de referência para tratamento da covid-19 é o da Glória. Nosso hospital de referência será o dos Ferroviários. Tivemos o aceno do governo de que teremos 100 leitos de UTI. Quero deixar claro que estamos seguindo à risca as orientações do Estado. Hoje mesmo (8) temos uma reunião com governo”, disse o prefeito.
Sobre o movimento nas praias, principalmente nos finais de semana, o prefeito minimizou o risco e disse que é importante ter bom senso nesse período. “Os agentes da Guarda Municipal têm autoridade para tirar as pessoas que promoverem aglomeração no calçadão e nas praias. Nós já orientamos a Guarda, que está abordando e pedindo às pessoas que não promovam aglomerações. Mas não está proibido as pessoas irem para as praias, praticarem atividades físicas em redes de vôlei, beach soccer ou beach tenis. O importante é o bom senso”.
O prefeito também citou a demolição dos quiosques como um fator positivo para evitar a aglomeração no calçadão. Além disso o município suspendeu todos os eventos previstos e a rua de lazer aos domingos na orla de Itaparica. “Até a Festa da Penha será transmitida pela internet”.
Max Filho também citou os bares de periferia como a maior preocupação da prefeitura. “No último fim de semana, fechamos 62 bares que estavam abertos. Um comerciante inclusive foi preso porque estava descumprindo as determinações do governo. Atividades essenciais estão mantidas, mantivemos as feiras funcionando justamente porque assim, os supermercados ficam mais vazios. Instalamos, inclusive, pias portáteis nas feiras para o cidadão”.
Sobre o atendimento à população mais carente, o prefeito disse que o Coronavírus tem se apresentado como “doença de rico” e os pacientes se concentram nas regiões mais nobres da cidade. “Mesmo assim estamos atentos às comunidades mais carentes, com uma densidade populacional muito grande. Por isso já distribuímos cestas básicas às famílias dos alunos por meio das escolas, que têm capilaridade muito grande nas comunidades”.