O menino Miguel Muniz de Almeida, de 9 anos, atropelado na última quinta-feira (30) numa avenida do bairro Praia da Baleia, atravessou a rua correndo pois temia perder o ônibus escolar.
Ele teve fratura exposta em uma das pernas e muitos ferimentos pelo corpo. O pai da criança, o porteiro Cristiano Rodrigo Pereira Ramos, conta que ele havia pedido um lanche e a mãe parou na padaria para comprar.
“O celular dela caiu no chão e, quando ela abaixou para pegar, o Miguel saiu correndo porque viu o ônibus escolar do outro lado da rua. Foi muito rápido. Ele morre de medo de perder aula, saiu correndo em disparada”, conta Cristiano.
O porteiro diz que o menino já não respira mais com a ajuda de aparelhos e está se alimentando via oral, para tentar recuperar peso. Uma cirurgia foi feita em uma das pernas, que teve fratura exposta. No entanto, uma nova intervenção precisará ser feita já que a cirurgia não teve um bom resultado.
“É muito difícil passar por tudo isso. Muda nossos horários, a rotina da família inteira. Quem atropelou, e quem atropelou sabe quem é, causou esse acidente e não está me ajudando em nada. Estou saindo do meu trabalho para tentar ajudar o meu filho”, conta Cristiano.
De acordo com a Polícia Civil, o caso foi registrado como lesão corporal, e para isso, a vítima precisa representar contra o motorista para que se inicie uma investigação criminosa. Mas até o momento,m o pai da criança disse que ainda não fez esse procedimento.