Geral

Mestre da Maçonaria de Cariacica morre de câncer aos 68 anos

Amigos de Pedro Borel Neto informaram que ele havia sido internado com uma infecção pulmonar nos últimos dias e acabou não resistindo

Foto: Arquivo da Família

O mestre maçom Pedro Borel Neto, de 68 anos, responsável pela Grande Loja Salomão Ginsburg, em Campo Grande, no município de Cariacica, morreu em razão de um câncer nesta sexta-feira (26). 

A informação foi repassada pela filha do também empresário, Milla Borel. Amigos do mestre informaram que ele havia sido internado com uma infecção pulmonar nos últimos dias e acabou não resistindo.

Borel foi mestre durante 40 anos e sempre morou em Cariacica. Ele deixa três filhos, Milla, Lorena Borel e Felipe Borel, bem como a esposa Lúcia Helena Borel.

Segundo a filha Milla, o pai sempre será lembrado por ser um homem honesto, reto e íntegro.

Foto: Foto: reprodução/redes sociais

O velório acontece nesta sexta-feira (26), na Loja Maçônica Salomão Ginsburg Nº 03, localizada na rua Adley, número 13, em Cruzeiro do Sul, Cariacica.

Já o sepultamento será realizado neste sábado (27), no Cemitério Parque da Paz, em Vila Velha, às 10h.

Maçonaria no ES: saiba a história

Cercada de mistérios, a Maçonaria está cada vez mais se abrindo para desmistificar sua atuação. A reportagem do Folha Vitória foi recebida, em fevereiro de 2022, pelos dirigentes do chamado Grande Oriente do Brasil do Espírito Santo (GOB-ES). A entrevista aconteceu na loja maçônica União e Progresso, onde também está a sede do GOB-ES.

O GOB-ES comanda, além desta loja, outras 98 no Espírito Santo. A loja da Cidade Alta, na Capital, completou 149 anos de fundação em 2021, sendo a mais antiga do Estado. No local, pode-se conhecer um pouco do dia a dia e da filosofia de vida de quem é maçom.

A organização no Espírito Santo faz parte da chamada Grande Oriente do Brasil (GOB), a maior entidade maçônica na América Latina que, no Estado, reúne cerca de três mil membros, chamados de irmãos. No Brasil, são aproximadamente 97 mil irmãos.

Sempre presentes em campanhas de caridade, mas geralmente discretos, os integrantes têm que lidar com algumas lendas e versões, geralmente nascidas e criadas a partir do tal “segredo” que rondam as reuniões secretas dos membros.

“O diabo passa bem longe daqui”, declara, entre risos, o grão-mestre estadual, Hélio Sodré, ao comentar sobre os rituais dos encontros.

“Nós somos movidos pelos três efes: filosofia, filantropia e fé. Filosofia porque exaltamos a ciência e a razão, que estão voltados para a evolução do conhecimento da humanidade. Filantropia porque precisamos auxiliar e ajudar os outros. E fé porque temos espiritualidade e acreditamos num Ser Supremo, o Grande Arquiteto do Universo, criador de tudo”, resume.

Ele explica enquanto folheia um exemplar da Bíblia, que fica em destaque na área do templo. O livro sagrado para os cristãos divide espaço num pedestal com os símbolos máximos do movimento: um esquadro e um compasso de pedreiro. 

História que vem das catedrais da Idade Média

Esses símbolos remetem aos instrumentos dos pedreiros, trabalhadores que, na Idade Média, dominavam as técnicas de manejo com pedras, construindo castelos e catedrais. O termo “maçom” vem daí, do francês “maçon”, que significa “pedreiro”.

Assim como outros profissionais (alfaiates, sapateiros e ferreiros), os pedreiros também se reuniam nas chamadas corporações de ofício, antepassado dos atuais sindicatos. Nessas espécies de “clubes fechados” da época medieval, eles compartilhavam e dividiam seus segredos de profissão.