A polêmica envolvendo o terço gigante do Convento da Penha, em Vila Velha, continua nas redes sociais. Tudo começou depois da inauguração da obra “Suspensão”, no Santuário de Fátima, que se trata também de um terço gigante. Diante disso, surgiram inúmeras acusações de que a obra seria um plágio de um terço muito conhecido pelos capixabas, erguido há anos no Convento. Logo após os comentários, a artista portuguesa Joana Vasconcelos logo fez questão de esclarecer.
”Há símbolos que são símbolos de todas as pessoas, como carros, sapatos, e que são tratados por vários artistas. As pessoas trabalham os símbolos conforme a sua perspectiva e conforme a sua maneira de ser. Os símbolos não são de ninguém. Símbolos incríveis como o terço são de uma cultura, são das pessoas em geral”, argumentou a artista.
A peça, feita de contas brancas, tem 26 metros e será iluminada pela primeira vez no dia 12 de maio, quando o Papa Francisco estará no Santuário de Fátima. A artista enfatizou ainda que não há uma relação entre os dois terços. ” A outra obra tem tanta legitimidade quanto a minha, mas a minha obra tem algumas características pessoas e únicas. Ela é feita em plástico e não em esferovite como a outra. Além disso, ela tem uma escala adaptada à arquitetura. Não é uma coisa pendurada entre duas palmeiras”, disse a artista.
O terço do Convento
Velho conhecido dos capixabas e devotos de Nossa Senhora da Penha, a tradição do terço no Convento começou em 1998, por ocasião da Festa da Penha, quando um médico decidiu erguer o objeto suspenso às duas palmeiras do local. A cada ano, o objeto tem uma nova versão.
Em 2017, o terço capixaba foi confeccionado com bolas de esferovite recicladas, flores de papel, seis mil pérolas e arames, num total de mais de 12 mil peças. O tema abordado no terço deste ano, foram os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.
Com informações do site Público.