O Ministério da Saúde divulgou, na tarde desta quarta-feira (09), um boletim epidemiológico com os casos de microcefalia em todos os Estados brasileiros. Segundo os dados, atualizados até o último dia 5 de março, três bebês capixabas foram confirmados com microcefalia. Ainda de acordo com o boletim, 78 casos ainda estão sendo investigados, enquanto nove já foram descartados no Estado.
Em todo o país, foram confirmados 745 casos suspeitos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivas de infecção congênita. Outros 1.182 casos foram descartados e outros 4.231 estão sob investigação.
Os dados do informe têm como base as informações que são enviadas semanalmente pelas secretarias estaduais de Saúde. Os casos confirmados ocorreram em 282 municípios de 18 unidades da federação: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pará, Rondônia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul.
Ajustes no protocolo
O Ministério também anunciou que, a partir desta quarta-feira (09), passa a adotar novos parâmetros para medir o perímetro cefálico e identificar casos suspeitos de bebês com microcefalia. Para menino, a medida será igual ou inferior a 31,9 cm e, para menina, igual ou inferior a 31,5 cm.
A mudança está de acordo com a recomendação anunciada recentemente pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e tem como objetivo padronizar as referências para todos os países, valendo para bebês nascidos com 37 ou mais semanas de gestação.
Para bebês nascidos com menos de 37 semanas de gestação (prematuros), a mudança ocorrerá na curva de referência para definição de caso suspeito de microcefalia. Até então, era utilizada a curva de Fenton. A partir de agora, será utilizada a tabela de InterGrowth, que tem como referência a idade gestacional do bebê.