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Ministério da Saúde só habilita 10% dos novos leitos de UTI prometidos para um eventual cenário de crise de coronavírus

O governo brasileiro prometeu contratar mil novos leitos de UTI no fim de janeiro, quando o surto era grave apenas na China

Foto: Agência Brasil

Em meio número crescente de novos casos de coronavírus no país, o Ministério da Saúde habilitou apenas 10% dos novos  leitos de UTI prometidos para um eventual cenário de crise.

O governo brasileiro prometeu contratar mil novos leitos de UTI no fim de janeiro, quando o surto era grave apenas na China. A habilitação ocorreria conforme o aumento de casos e a distribuição seria feito de acordo com as localidades com maior número de casos confirmados. Até então não havia nenhum caso da doença registrado no Brasil.

No Brasil, agora são confirmados 69 casos, e apenas cem leitos habilitados pelo Ministério.

Não é confirmado se os leitos são novos ou contratados da rede privada , e também não se sabe o valor gasto com a contratação. Também não há previsão para habilitar os 900 restantes.

Em São Paulo, o governo deve anunciar nesta quinta-feira (12), que os hospitais públicos deverão ter leitos específicos para pacientes com coronavírus. 

Na quarta-feira (11), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que o Brasil deve viver semanas “duras” após o começo da transmissão comunitária do novo coronavírus. “Vamos passar por isso. Vai ser duro. Vão ser mais ou menos umas 20 semanas duras”, afirmou Mandetta ao Estadão/Broadcast.

Segundo o ministro, é difícil apontar o momento em que o limite de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) será superado pelo avanço da doença, pois o País é “assimétrico”. “O Rio de Janeiro aguenta muito pouco. São Paulo aguenta um pouco mais. O Paraná é nosso melhor sistema, a melhor rede de distribuição. O Acre não tem nenhum caso. O Brasil é um continente”, disse ele, ao lembrar que, nessa fase da doença, já não é possível identificar quem transmitiu o vírus para quem.