Acontece nesta quinta-feira (24), em Brasília, mais uma reunião entre o Ministério da Ciência e Tecnologia e as instituições de pesquisa do Espírito Santo e Minas Gerais, com a participação também do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Agência Nacional de Águas (ANA), para tratar da elaboração e lançamento de edital que visa junção de esforços para a recuperação do Rio Doce.
O principal objetivo desse encontro é definir, com o apoio das instituições envolvidas, a formação de um comitê de avaliação e a criação de um cronograma com as ações previstas. Além disso, a equipe deverá conduzir o alinhamento das informações referentes à elaboração do edital de cooperação que tem como finalidade a recuperação da Bacia Hidrográfica do Rio Doce, contaminada pela lama de rejeitos da barragem da Samarco, que rompeu, em Mariana, Minas Gerais.
O encontro terá a participação de representantes da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Para o secretário estadual de Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional, Guerino Balestrassi, as pesquisas científicas são fundamentais para a criação de estratégias de ação. “Por meio deste edital vamos conseguir captar projetos comprometidos com o desenvolvimento de pesquisas nas mais diversas áreas de meio ambiente, que poderão ser empregados na recuperação do Rio Doce. Essa união de esforços é essencial para que o Governo consiga nortear as ações e efetivar a recuperação do meio ambiente destruído”, afirma.
A ações
Na última reunião realizada pelo MCTI, no dia 27 de janeiro, um protocolo de cooperação foi assinado entre as instituições. Elas se comprometeram a unir esforços para recuperar a Bacia do Rio Doce, e de seu entorno, prejudicado pela lama de rejeitos. Esse protocolo terá vigência de 72 meses e prevê a unificação das chamadas públicas para financiar pesquisas voltadas para análise da região atingida e de possíveis soluções.
Está prevista, ainda, a promoção de um seminário que deve ser realizado em junho. O evento vai contar com a participação de especialistas nacionais e internacionais com o objetivo de trocar experiências e de contribuir para o desenvolvimento das ações. De acordo com ministro Celso Pansera, da Ciência e Tecnologia, as unidades de pesquisa vinculadas ao MCTI já foram disponibilizadas para uso pelo Governo Federal.
Já está confirmada também a utilização do Navio de Pesquisa Hidroceanográfico Vital de Oliveira (NPqHo) durante as pesquisas. A embarcação é uma das mais modernas do mundo para pesquisas e já esteve no litoral do Espírito Santo, na região da foz do Rio Doce, para coletar amostras de água para estudos de impacto da lama no meio ambiente.