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Ministro anuncia novos testes com remédio para combate à covid-19

O medicamento pode ser uma esperança para o tratamento da doença causada pelo coronavírus

Foto: Reprodução/Pexels

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, afirmou, nesta terça-feira (9), que a pasta iniciou novos testes com o vermífugo nitazoxanida em pacientes que tenham sido infectados pelo novo coronavírus, mesmo assintomáticos.

“Ontem, iniciamos um segundo protocolo [com a nitazoxanida]. O primeiro trabalha com pessoas com febre e início de pneumonia, aquele vidro fosco na tomografia do pulmão. Ou seja, pega um certo nível de sintomas. Estamos começando um novo teste, um protocolo segundo que pega pacientes sem quaisquer sintomas, bastam que tenham testado positivo no covid-19”, afirmou. Segundo Pontes, que fez anúncio na 34ª Reunião de Governo, com o presidente Jair Bolsonaro, estes testes são importantes para medir a evolução do vírus no organismo.

Para ele, o remédio “é mais uma arma” se for comprovadamente efetivo no combate à doença. A pasta vai precisar de 300 voluntários nesta segunda fase.

Primeira fase

Pontes informou que o ministério concentra esforços em pesquisas de reposição de medicamentos. “Desde fevereiro, no Laboratório Nacional de Biociências, temos desenvolvido essa reposição de medicamentos, que é usar medicamentos que já existem na farmácia, para testar quais deles poderiam ser efetivos no combate à covid também, além das suas funções normais”, explicou

Segundo o ministro, foram testados 2.000 medicamentos, usando inteligência artificial, sendo que cinco deles foram selecionados e encaminhados para o teste in vitro, ou seja, com células reais em laboratório.

“Um deles se destacou, com efetividade de 94% para redução da carga viral. Esse medicamento é a nitazoxanida, um remédio comum para giárdia, rotavírus etc, que não tem efeito colateral. É uma possibilidade que ele funcione contra o coronavírus. Partimos para testes com pacientes”, detalhou.

Com o avanço no tubo de ensaio, o medicamento foi usado em seres humanos. “Nesse primeiro protocolo, que é científico, temos relação com mais 15 países, […] os testes têm sido conduzidos para esses 500 pacientes. Se tivéssemos hoje os 500 pacientes, teríamos a resposta se o medicamento funciona ou não. As indicações de que funciona são extremamente positivas”, finalizou. 

* Com informações do Portal R7.com