A reunião com a comitiva do Governo Federal no Palácio Anchieta, em Vitória, se encerrou na tarde deste sábado (10). Nela, o ministro do Governo, Antônio Imbassahy, afirmou que, por parte do governo federal, a anistia não terá a menor possibilidade de apoio da base política do presidente Michel Temer. Ele disse ainda que a Polícia Federal já está investigando possíveis crimes relacionados ao movimento.
Na reunião também foi exposta a determinação do ministro da Defesa Raul Jungmann de que as forças federais continuem por tempo indeterminado no Estado, até que a situação se normalize.
O procurador-geral da República Rodrigo Janot informou por meio de nota que a Procuradoria-Geral da República estuda a possibilidade de postular a federalização de crimes como o de motim.
Também participaram da reunião com o governador licenciado Paulo Hartung e o governador em exercicio César Colnago, o secretário estadual de Segurança Pública, André Garcia; o comandante geral do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Etchegoyen e o ministro interino da pasta da Justiça, José Levi do Amaral
Tropas no interior
Parte das tropas das forças federais que atuam na segurança do Espírito Santo já se encontram em cidades do interior. Contudo, o ministro da Defesa Raul Jungmann afirmou que a partir deste sábado, as tropas federais passam a se deslocar para municípios do Norte e do Sul do Espírito Santo.
Há uma semana, familiares e amigos da Polícia Militar impedem a saída dos policiais dos batalhões capixabas, o que resultou na paralisação da categoria. O clima de insegurança instalou-se no estado e, até o momento, já foram registrados 137 homicídios. Apenas neste sábado, já foram registradas 9 mortes.