O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil liberam, no final da tarde desta quinta-feira (12), o retorno dos moradores ao edifício Paulina Arpini, localizado na rua Goiânia, em Itapoã, Vila Velha, onde ocorreu uma explosão dentro de um dos apartamentos, na parte da manhã. A liberação ocorreu após o término do trabalho de vistoria no local.
Com isso, os moradores poderão dormir em seus apartamentos, mas terão algumas restrições. “Eles não vão ter condições de utilizar, nesse momento, o gás encanado. Vai ser necessário fazer um teste de estanqueidade para ver se há algum prejuízo para a linha de gás que percorre toda a edificação. Também não terão condição de utilizar os elevadores, porque, na deflagração da explosão, houve prejuízo para os elevadores sociais”, explicou o coronel Washington, do Corpo de Bombeiros.
Os moradores também não poderão, por enquanto, utilizar a portaria principal do prédio. Segundo o Corpo de Bombeiros, ela segue interditada porque ainda há risco de parte da fachada se soltar. Com isso, os moradores terão de entrar pelo portão da garagem por algum tempo.
Além disso, toda a extensão do estacionamento em frente ao prédio e a calçada também não podem ser utilizados. Na parte de dentro, os moradores também não poderão, por enquanto, usar a piscina, que segue interditada.
Estrutura
A comissão que vistoriou o edifício contou com os dois engenheiros responsáveis pelo projeto estrutural do prédio. Eles garantem que a estrutura não foi comprometida.
“A estrutura de concreto está íntegra, sem problema nenhum. Existe o problema do guarda-corpo, que está pendurado, umas peças de fachada que podem cair, mas a estrutura está íntegra e o prédio não corre risco”, garantiu o engenheiro da Vertico Engenharia Estrutural, Marcelo Wagner Pereira.
Explosão
Todos os apartamentos do edifício foram evacuados depois de uma explosão no 13° andar, na manhã desta quinta. Dois homens trabalhavam em uma reforma no apartamento 1301, quando houve a explosão.
Ambos ficaram gravemente feridos e foram resgatados por ambulâncias do Samu. Um deles, segundo os bombeiros, apresentou queimaduras em 70% do corpo.
“O perito esteve aqui no local, fez o trabalho pericial e esse laudo sai em 30 dias. Mas nós pudemos observar alguns indícios que indicam a utilização de maçarico e vazamento de gás. Então pode ter havido a deflagração do gás, que se confinou”, explicou o coronel Washington.
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O edifício Paulina Arpini foi entregue há cerca de dez anos. O prédio possui 19 andares e 76 apartamentos. Cada um possui quatro quartos e é avaliado em mais de R$ 1 milhão.
Por meio de nota, a construtora do edifício informou que o acidente não aconteceu por problemas na estrutura e, portanto, ela não tem responsabilidade. Já a síndica informou que vai responsabilizar o dono do apartamento onde aconteceu a explosão por danos às áreas comuns do condomínio.