O ex-policial militar Cezar Narciso de Souza, condenado por matar a jornalista Maria Nilce em 1989, morreu de causas naturais no final de maio. A informação foi divulgada pela Secretaria de Estado de Justiça (Sejus).
De acordo com a Sejus, o ex-PM estava em prisão domiciliar desde 4 de abril deste ano. A Secretaria esclarece que monitora a assistência médica ao preso domiciliar, porém, é o detento, ou sua família, o responsável pelo tratamento adequado fora do cárcere.
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Cezar foi preso em junho de 2022, 33 anos após o crime. Tido como um dos crimes de maior repercussão na história do Espírito Santo, a jornalista foi assassinada com três tiros, em 1989, quando chegava com a filha numa academia na Rua Aleixo Neto, na Praia do Canto, em Vitória.
A motivação do crime seria, conforme divulgado na época, o conteúdo das matérias que Maria Nilce escrevia no antigo Jornal da Cidade, onde denunciava o tráfico de drogas e os envolvidos nessa modalidade de crime.
O homicídio foi inicialmente investigado pela Polícia Civil e posteriormente transferido para a Polícia Federal.
De acordo com o órgão, as investigações apontaram como mandante o empresário José Andreatta, que teria contratado o ex-policial civil Romualdo Eustáquio Luz Faria, o Japonês, e este, por sua vez, teria subcontratado dois executores: José Sasso e o ex-PM Cezar Narciso de Souza.
A dupla de executores teria fugido com o auxílio do piloto de avião Marcos Egydio Costa e do também policial civil Charles Roberto Lisboa.
José Sasso morreu envenenado na cadeia e Marcos Egydio foi assassinado em Jacaraípe. Andreatta, Japonês, Lisboa e Narciso foram condenados, respectivamente, a 24, 15, 17 e 19 anos de reclusão.
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