COLUMBUS, EUA – O ex-astronauta e ex-senador dos Estados Unidos John Glenn morreu na última quinta-feira (8), aos 95 anos, no Centro Médico Wexner, da Universidade Estadual de Ohio, em Columbus, informou John Kasich, governador do Estado de Ohio. Glenn foi o primeiro astronauta americano a orbitar a Terra e era o último integrante ainda vivo do Projeto Mercury.
“John Glenn é, e sempre será, o maior herói local de Ohio e seu falecimento hoje é uma ocasião de luto para todos nós”, disse Kasich, em comunicado. Glenn era celebrado por ter reacendido o orgulho americano após a dominação inicial da antiga União Soviética na exploração tripulada do espaço.
Suas três voltas ao redor do planeta a bordo da cápsula Friendship 7, em 20 de fevereiro de 1962, forjaram uma poderosa conexão entre o ex-piloto de combate e os investimentos iniciados no governo do presidente John Kennedy na corrida para transformar o espaço em uma “nova fronteira”.
Glenn serviu como piloto durante a Segunda Guerra e voou em 59 missões de combate. Na Guerra da Coreia, participou de 27 missões. Após o final do conflito, virou instrutor de voo no Texas. Em 1959, foi selecionado pela Nasa para o Projeto Mercury, o primeiro projeto tripulado da agência espacial.
A história ganhou as telas no filme Right Stuff, de 1983, uma adaptação do livro de mesmo nome escrito por Tom Wolfe. Quem viveu Glenn no cinema foi o ator Ed Harris.
Após a carreira na Nasa, Glenn foi eleito senador dos Estados Unidos, em 1974, e representou o Estado de Ohio por 24 anos como um democrata moderado. Em 1984, tentou se candidatar à presidência, mas não teve sucesso – quem venceu as primárias do partido foi Walter Mondale, que havia sido vice-presidente de Jimmy Carter.
O astronauta ainda participaria de uma nova viagem espacial em 1998, quando voltou a viajar na órbita da Terra, aos 77 anos, pela missão STS-95 Discovery, que durou 9 dias.
O presidente dos EUA, Barack Obama, prestou homenagem ao astronauta, que considerava um amigo e um ícone americano. “John inspirou gerações de cientistas, engenheiros e astronautas que nos levarão a Marte e mais além. Não só para visitar, mas para ficar”, disse Obama. Com sua morte, o país perde um ícone e Michelle e eu perdemos um amigo.”