O pai da professora Katia Matos, que foi assassinada na frente da filha de 11 anos no bairro Jardim da Penha, em Vitória, morreu na madrugada desta quinta-feira (13). Valdir Cunha da Silva, de 78 anos, adoeceu após a morte da filha e foi internado no dia seguinte ao enterro dela. Segundo a família, ele cuidava da esposa, que sofre com Mal de Parkinson e Alzheimer.
Leia também: Familiares temem futuro da filha que teve a mãe morta pelo pai policial
Katia foi morta há um mês e o principal suspeito do crime é o cabo da Polícia Militar, Márcio Borges Ferreira, com quem ela era casada desde 2006. A filha do casal, que presenciou o crime, está na casa de familiares e recebe tratamento psicológico.
A mulher era professora da Rede Municipal da Serra e trabalhava com o ensino fundamental, além de dar aula no Centro Municipal de Educação Infantil, em Central Carapina. Familiares contaram que ela era uma mulher batalhadora e ajudava a cuidar dos pais. Segundo eles, todo o dinheiro que ganhava como professora, era investido para melhorar a vida dela e da filha.
Relembre o caso
O crime aconteceu no dia 11 de abril. De acordo com o juiz responsável pelo caso, as agressões começaram nas escadas que dão acesso ao apartamento do casal. O policial teria arrastado a vítima pelos cabelos, a trancado dentro da residência e, em seguida, atirou duas vezes contra a mulher.
O condomínio não possui câmeras de segurança e o que foi relatado pelo juiz, foi contado pelo próprio suspeito, durante o depoimento na delegacia. Testemunhas contaram que logo após os disparos, a filha do casal desceu com o celular na mão e pediu ajuda. Assim que a Polícia Militar chegou, Marcio Borges estava no local e ainda levou os policiais ao apartamento, onde apontou para o corpo da esposa.
Leia também: Filha de professora morta em Jardim da Penha não quer ouvir falar do pai, preso pelo crime
De acordo com a PM, o homem entrou em estado de choque e precisou ser levado para um hospital. Além disso, durante todo o tempo o homem perguntava aos policiais o que aconteceria com a filha.
Dias após o crime, Márcio Borges Ferreira passou por uma audiência de custódia e teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva. Ele continua preso no Quartel do Comando Geral, em Maruípe.