O número de mortes pelo novo coronavírus no Espírito Santo alcançou a marca de 115. Somente neste domingo (03), de acordo com os dados atualizados da Secretaria de Saúde, onze novas mortes foram registradas. O número total de casos confirmados é de 3.208.
Para o subsecretário em Vigilância de Saúde, Luiz Carlos Reblin, o Espírito Santo se aproxima do pico da doença, o que pode ocasionar em ainda mais mortes em decorrência da covid-19. “Maio é um mês em que as mortes vão aumentar ainda mais. Temos que levar em consideração as pessoas que já estão internadas e também as pessoas que irão se internar ao longo desse período pela doença. Como nós já dissemos, a possível chegada ao pico não significa que vai diminuir. É a manutenção de casos numa quantidade alta, por um bom período, que nós esperamos que seja curto, mas ninguém tem ainda, matematicamente, a definição de quanto tempo nós vamos permanecer”, disse.
Uma das preocupações com relação ao crescimento do número de casos da doença é a quantidade de leitos de UTI disponíveis para o tratamento da doença. De acordo com o Painel Covid, da Sesa, o Espírito Santo já conta com 304 leitos. 49 a menos do que o número divulgado pelo governo do Espírito Santo, que previa expansão, até o dia 30 de abril, para 353 leitos.
Segundo Reblin, a dificuldade na entrega dos materiais necessários foi o responsável pelo atraso na expansão. “Nós tivemos uma dificuldade na chegada de alguns materiais que acabaram chegando no final da semana. Nessa semana, a Secretaria, com os equipamentos que recebeu e ampliando a contratação no setor privado, nós vamos chegar ao planejamento previsto”, disse.
De acordo com o subsecretário, um dos materiais que atrasaram foram os respiradores. “Temos essa dificuldade mundial para receber respiradores, mas acabaram de chegar ao Espírito Santo”, explicou, se referindo aos 30 aparelhos que foram entregues no final da última semana.
Reblin ainda informou que, até domingo (03), sete mortes continuam sendo investigadas para confirmação se a causa foi, de fato, a covid-19. “Normalmente, quando nós trabalhamos no sistema de normalidade, o óbito tem um compromisso de 60 dias para ser concluído a sua investigação, quando é um óbito por alguma doença que precisa de determinada investigação. Com a pandemia, nós estamos realizando essa essa atividade diariamente. A gente consegue concluir [a investigação] dos óbitos no mesmo dia ou 24 e 48 horas depois”, disse.
*Com informações do repórter Matheus Brum, da TV Vitória / Record TV