Insatisfeitos com o preço da gasolina, um grupo de motociclista realizou, na manhã desta sexta-feira (26), uma manifestação contra os reajustes aplicados nos últimos dias. Eles saíram da Serra, às 09 horas, com destino à capital.
Segundo a Guarda Municipal de Vitória, que acompanhou os protestos, os manifestantes ficaram concentrados na Av. Dante Michelini, ao lado do Clube dos Oficiais. Por volta das 11h40, eles dispersaram e foram embora.
A manifestação ocorre na semana em que o preço médio da gasolina comum no Estado chega a R$ 5,23; segundo dados do Monitor de Preços de Combustíveis da Secretaria de Estado da Fazenda.
A Petrobras anunciou um aumento de 10,2% nas refinarias no último dia 18. No Estado, cada município tem um preço diferente, em função da distância de transporte e quantidade de combustível que compra. Em Linhares, o preço médio da gasolina é de R$ 5,62. Em Cachoeiro, fica em R$ 5,59. Já em Colatina, o preço médio chega em R$ 5,53; mesmo valor cobrado em Domingos Martins. Em Vitória, o preço médio é de R$ 5,17; em Vila Velha, R$ 5,03; em Cariacica, R$ 5,05 e na Serra, R$ 5,21.
Para entender o preço dos combustíveis nas bombas leia: Em alta no ES, gasolina chega a R$ 5,62; entenda o porquê do aumento.
Demissão presidente da Petrobras
A conselheira da Petrobras representante dos empregados, Rosângela Buzanelli, criticou em seu blog a forma como foi anunciada a troca do presidente da maior estatal brasileira, mas defendeu que a atual política de preços da companhia seja abandonada, para que a empresa possa ser “redirecionada às suas origens e missão” “Pois gostem ou não, a Petrobras é uma empresa brasileira e estatal”, afirma.
Dizendo que o Conselho foi surpreendido com o anúncio da troca pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, na sexta-feira,19, e sem abordar sobre quem entra ou quem sai, Buzanelli classificou como “mais um desrespeitoso ato presidencial, típico de alguém sem nenhum preparo para o cargo que ocupa, conforme sistematicamente comprovado pelo cenário socioeconômico, sanitário e político do País”, disparou.
A conselheira ressaltou que as últimas administrações da Petrobras foram marcadas pela política de preços paritários de importação (PPI), o que prejudica “desnecessariamente a sociedade brasileira”, e pela redução de investimentos da companhia aliada à venda de ativos.
Segundo ela, está havendo uma desintegração vertical e nacional da Petrobras, com a única finalidade de remunerar os acionistas, o que precisa ser mudado.
Voto contrário nas vendas da companhia nas reuniões do Conselho, Buzanelli considera que a estatal tem “um papel social e desenvolvimentista importantíssimo para o País”, e que deve exercer esse papel para gerar empregos e garantir o abastecimento do território nacional, “de dimensões continentais, a preços justos”, afirma.
“A Petrobras não é dos acionistas, dos fundos de investimentos, ou do governo de plantão. A Petrobras é do Estado brasileiro, do seu povo que lutou pela sua criação, a construiu e a agigantou, alçando-a ao ‘podium’ (sic) das maiores e melhores do mundo no setor, premiada internacionalmente várias vezes”, argumentou a conselheira.