O motorista suspeito que atropelou mãe e filho em Ponto Belo, no Norte do Espírito Santo, foi preso nesta quarta-feira (22), dez dias após o acidente. A prisão ocorreu em Minas Gerais.
Ele foi identificado pela Polícia Civil como Gilvan Ferreira Viana, de 50 anos. O delegado Eduardo Mota, responsável pelas investigações, informou que ele se apresentou na Delegacia de Nanuque (MG), nesta quarta-feira, acompanhado do advogado. No entanto, contra ele já havia um mandado de prisão em aberto e ele acabou detido.
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Ainda segundo os policiais, no dia do atropelamento, o suspeito havia ido até Ponto Belo, numa região conhecida como Bacutia Beach. As investigações apontaram que ele havia ingerido bebida alcoólica momentos antes do atropelamento.
“Na verdade tínhamos informações de que ele estava bebendo no dia anterior e, no dia do fato, eles pararam em um posto de gasolina e beberam. No carro, havia vestígios”, apontou o delegado.
Ele informou ainda que o caso está sendo tratado como tentativa de homicídio e que suspeito deve ser transferido para o Espírito Santo ainda nesta quinta-feira (23).
“Agora que foi preso, ele vai ser transferido para o Espírito Santo. Ele tem direito a ser interrogado e vamos esperar o que ele vai falar. Por enquanto, a Polícia Civil do Espírito Santo tem tratado o caso como tentativa de homicídio porque uma pessoa que sai dirigindo embriagada tem intenção de cometer algum mal”, ressaltou Mota.
Relembre o caso
O motorista estava foragido desde o dia 12 de fevereiro, quando atropelou Sara Albino dos Santos, de 23 anos, e o filho Bernardo Albino, de 4 anos. A família aproveitava o domingo de sol. O acidente foi flagrado pelas câmeras de segurança.
Nas imagens, a mulher e a criança saem de trás de um carro e atravessam a rua juntos. O condutor da caminhonete surge em alta velocidade. No momento ocorria uma festa no local, quando a dupla foi atingida pelo veículo na contramão.
Mãe e filho foram atropelados e arremessados. O condutor fugiu em alta velocidade, sem prestar socorro às vítimas.
Mãe quer justiça
Depois do susto, Sara e o pequeno Bernardo já tiveram alta do hospital e se recuperam em casa.
A mulher ficou 5 dias internada, três deles na UTI. Ela contou que ainda precisa de ajuda por conta dos ferimentos e dores que sente pelo corpo.
“Fiquei com um corte grande na cabeça. Foram cinco pontos. As pernas estão em carne viva e as costas doem muito. Bati forte com a cabeça. Até para mastigar dói muito e o corpo tá todo dolorido também”, relata.
Bernardo teve ferimentos leves e também passa bem. Agora, a mulher só quer justiça.
“Que a justiça seja feita porque ele fez comigo e eu tive livramento, mas poderia atropelar alguém que poderia chegar à morte. Na hora do vídeo, meu filho foi arremessado pro canto. Ele nem parou. Se meu filho tivesse caído de frente, ele passaria por cima do meu filho. Mas Deus foi bom que ele caiu do lado e as pessoas ajudaram ele”, relembra.
O outro lado
A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Gilvan Ferreira Viana. O espaço está aberto para sua manifestação.
Com informações da repórter Gabriela Valdetaro, da TV Vitória/RecordTV