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"Me joguei na calçada para me livrar da morte", diz vítima de desabamento de prédio

O motorista prestava serviços para a empreiteira responsável pela obra do prédio. Ele se preparava para transportar o entulho do local, quando imóvel veio abaixo

Foto: Reprodução/ WhatsApp

Um motorista ferido durante desabamento de imóvel no Centro de Vitória teve alta do hospital. Pela primeira vez, falou sobre os momentos de tensão e medo que  teve de morrer.  A vítima se chama Antônio Aluísio, de 66 anos. 

“Na hora que eu peguei o câmbio do caminhão para passar a primeira marcha, não deu mais tempo e ouvi um estrondo em cima da minha cabeça, me deu um apagão. Depois de um minuto, acordei no meio da poeira, sai desacordado e me joguei na calçada”, contou. 

O motorista prestava serviços para a empreiteira responsável pela obra do prédio. Ele se preparava para transportar o entulho do local, quando imóvel veio abaixo.

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Antônio disse que seria o terceiro caminhão a sair do prédio carregando os entulhos da obra para um lugar na região de Vale Encantado, em Vila Velha. 

Ferido e sem entender o que estava acontecendo, saiu do caminhão sozinho. “Eu só me lembro de ter saído e começado a pisar nos troços da demolição, é o que me lembro quando me joguei na calçada para me livrar da morte”, disse. 

Com a queda da marquise do imóvel, o caminhão que Antônio dirigia ficou completamente destruído. 

O prédio desabou no último domingo. Na época, as primeiras informações eram de que o motorista estava nos fundos do imóvel, com outros funcionários, mas na verdade estava dentro do caminhão.

Por conta dos ferimentos, precisou ficar internado durante três dias, mas terá que voltar ao hospital para fazer uma cirurgia em um dos dedos, que acabou fraturado. Apesar dos ferimentos, o motorista agradece a Deus por estar vivo e em casa.

Apesar do alívio, Antônio se diz preocupado com a situação financeira. O motorista é autônomo, e está sem trabalhar e por causa disso não tem como pagar as despesas de casa.

“Eu não tenho outro meio de vida, a não ser o meu caminhão para trabalhar e adquirir meu pão de cada dia. Sem o meu caminhão para trabalhar, eu não tenho como viver, como pagar minhas despesas”, ressaltou a vítima. 

Agora, ele espera que os responsáveis pela obra não deixem que fique apenas com o prejuízo e o ofereça ajuda para poder seguir. 

Sobre o desabamento, a Secretaria de Desenvolvimento da Cidade informou que o laudo técnico apontando o motivo da queda do imóvel e se há riscos para os prédios vizinhos será apresentado nos próximos dias. 

Informou ainda que o laudo precisa atestar de maneira precisa que, tecnicamente, o local está seguro e não oferece riscos para os imóveis vizinhos.

*Com informações da repórter Alessandra Ximenes, da TV Vitória/Record TV. 

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