O movimento LGBT capixaba considerou enganosas e equivocadas as críticas feitas nas redes sociais pelo vereador Davi Esmael (PSB) sobre a realização do primeiro casamento coletivo homoafetivo na capital Vitória.
O coordenador de estudos LGBT, Toninho Lopes, disse que o político acabou misturando sua postura política e religiosa. “O vereador distorceu a realidade a favor dos seus ideais homofóbicos e preconceituosos. Suas convicções religiosas não podem influenciar no seu papel de ator público”, considerou, e completou: “vai ter casamento coletivo sim”.
Em conversa com o Jornal Folha Vitória, o parlamentar informou que não esperava tamanha repercussão com suas publicações, mas que a recebeu com tranquilidade. Davi Esmael reforçou sua opinião sobre o assunto, mas com outra fundamentação.
“Continuo acreditando ser equivocada a participação da prefeitura no casamento coletivo, sobretudo nesse período de grave crise financeira, acredito que deveriam ser priorizadas outras ações, como a criação de um terceiro Conselho Tutelar no município, que não é feito sob alegação de falta de verba”, justificou o vereador.
Toninho Lopes explicou, ainda, que a ação do casamento gay coletivo será custeada pela Defensoria Pública e que a Prefeitura de Vitória é uma parceira do evento. Lembrou também que o casamento civil homossexual é legal no Brasil desde 2012, em lei aprovada pelo Conselho Nacional de Justiça. “O comentário do vereador foi infeliz e mostra que ele não conhece o seu papel, finalizou o coordenador.
