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MPF/ES quer demolição de construções irregulares na BR-101

De acordo com o órgão, as construções representam perigo para os motoristas e pedestres que por ali transitam

Foto: Divulgação

O Ministério Público Federal no Espírito Santo (MPF-ES) requereu a remoção de construções que ocupam a faixa lateral da BR-101, na altura do km 260, na Serra. O pedido de demolição faz parte da ação civil movida pelo órgão contra a concessionária Eco101, além Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), e Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). 

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No requerimento, o MPF alega que as construções representam perigo aos motoristas e pedestres que por ali transitam. O órgão afirma ainda que poucos moradores residem na área, e que a maior parte dos prédios é de peixarias, borracharias e empresas de jogos ilícitos. A escassez de moradores facilitaria a desocupação do local. 

Pedido para que desocupação ocorra de forma humanizada

O órgão pede que a desocupação seja feita de forma humanizada, e para isso requer que a Secretaria de Assistência Social da Serra esteja presente no local e, no caso de recusa, que os ocupantes sejam removidos de forma compulsória. O MPF quer ainda que a Eco101, o Dnit e a ANTT removam qualquer entulho que fique na localidade. 

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De acordo com o Ministério Público, o pedido foi realizado em 2019 e desde maio daquele ano, a situação segue inalterada. O MPF recomendou aos órgãos responsáveis deveriam manter a faixa livre, realizando a demolição dos prédios que a ocupam, mas nenhum dos destinatários acatou o pedido. 

O MPF relata que tanto a Eco101, concessionária do trecho ocupado e a Dnit, responsável pelas rodovias federais são responsáveis pela preservação do trecho, o que não tem sido feito.

Já a Prefeitura da Serra seria responsável pela demolição das construções tão logo as constatasse, de acordo com as normas municipais, o que não foi cumprido. 

Segundo o órgão, as omissões poderiam ser resultado do projeto de revitalização do trecho.

“Possivelmente, pela previsão de que o trecho passe ao domínio do Estado do Espírito Santo ou do município da Serra, após a conclusão das obras do novo traçado da BR-101, que contorna o maciço do Mestre Álvaro, os réus deixaram de tomar qualquer providência para a desocupação da área invadida, como se terra de ninguém fosse”, afirma o procurador da República Carlos Vinicius Soares Cabeleira, autor da ação.

 “Atribuíram sempre a outrem a responsabilidade de conservar o patrimônio público que a todos é comum.” completou. 

O que diz a Eco101

Por meio de nota, a Eco101 disse que irá se manifestar nos autos do processo. 

“A concessionária esclarece que o trecho entre os quilômetros 258 ao 260, não faz parte do Contrato de Concessão e documentos que o integram. Ressaltamos, ainda, que realiza no local apenas serviços emergenciais de manutenção e atendimento médico e mecânico”, ressaltou.

A reportagem da TV Vitória/ Record TV entrou em contato também com o Dnit e ANTT para que se pronunciassem sobre o caso, mas ainda não houve resposta. A matéria será atualizada assim que houver retorno.

Laís Magesky, editora de distribuição de redes sociais
Laís Magesky

Editora de Distribuição de Conteúdo

Formada em Jornalismo pela Faesa, atua como editora de distribuição de conteúdo e é responsável pelas redes sociais do Folha Vitória, conectando informação de qualidade ao público por meio das plataformas digitais.

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