Mudar de escola no meio do ano letivo é mais fácil do que os pais imaginam. O processo envolve a adaptação em um novo ambiente físico, a assimilação de uma nova cultura escolar, a formação de novas amizades e a aceitação de novos métodos de ensino. No entanto, quando a família e a escola adotam estratégias para facilitar a adaptação da criança, a transição acontece de forma natural e se torna bem sucedida.
A comunicação constante entre pais, filhos e instituição de ensino é fundamental. “Escola e família devem manter uma relação aberta e eficaz. Os professores devem manter os pais informados sobre o progresso acadêmico e emocional dos alunos. Da mesma forma, os pais devem compartilhar quaisquer preocupações ou necessidades específicas de seus filhos com a escola. E se for preciso, escola e família devem trabalhar juntas na resolução de desafios que possam surgir durante a transição escolar”, explica a psicóloga Renata Bedran.
A adaptação na nova escola
Na transição escolar, é importante que a instituição ofereça um sistema de acolhimento inclusivo e eficaz, onde todos os alunos se sintam respeitados na sua individualidade. A Escola Americana de Vitória é uma instituição de ensino bilíngue, com inglês por imersão desde as primeiras séries, e recebe os alunos ao longo de todo o ano letivo.
“Seja no aspecto acadêmico ou sob a perspectiva de socialização do aluno, a escola acompanha todo o processo. Antes do primeiro dia de aula efetivo, é importante que o aluno e os pais venham até a escola, oportunidade em que fazemos uma visita guiada e nos sentamos com os familiares para que haja um alinhamento da nossa proposta com as expectativas deles. Dessa forma podemos conhecer melhor o aluno e já preparamos suportes acadêmicos e linguísticos. O aluno chegar e já ter essa segurança, faz toda a diferença”, afirma Júnia Perenzin, coordenadora de Admissions e Marketing da EAV.
Após alguns dias de aula, a escola realiza uma reunião com a família para compartilhar observações e tirar dúvidas que só o dia a dia apresenta neste período de adaptação. “Essa reunião independe das avaliações e notas do aluno, pois os pais têm necessidade de estarem sincronizados com a rotina e desenvolvimento do filho em qualquer cenário”.
A EAV oferece programas de suporte para auxílio extra no inglês. “As atividades de avaliação nos dão elementos para, desde logo, oferecermos eventuais suportes necessários aos alunos, seja em relação ao conteúdo das disciplinas ou no Inglês. Esses suportes incluem aulas após o horário regular ou até mesmo a presença de um outro professor em sala com a atenção direcionada ao auxílio dos alunos na compreensão do inglês – ou português, para os alunos que vêm de outros países”.
Toda a comunidade escolar tem papel ativo no processo de transição. A EAV tem o projeto Embaixadores, com estudantes escolhidos para serem o apoio na adaptação social, cumprindo o papel de inserir o novo aluno ao ambiente social, aos colegas, à rotina da escola. “Sob o aspecto psicológico, além das aulas regulares semanais de Educação Socioemocional que trazem assuntos muito relacionados ao progresso emocional dos alunos em suas respectivas faixas etárias, temos Orientadora Escolar, que acompanha e, se necessário, acolhe os alunos que estão vivendo esse momento de transição”, destaca Júnia.
No ano passado, a médica Alice Sarcinelli mudou seus dois filhos, Miguel e Luisa, de 8 e 5 anos respectivamente, para a EAV, já com o período letivo iniciado na escola anterior. “Na época eles estudavam meio período vespertino e decidimos buscar uma escola de tempo integral”, explica Alice.
Na transição escolar, o maior desafio inicialmente foi a adaptação da língua e das amizades. “Mas foi algo pontual e pudemos contar com uma abordagem muito assertiva da escola. Eles colocam alunos já adaptados para receberem os novatos. E tanto Matemática quanto em Inglês, a EAV oferece aulas semanais (sem custo adicional) de reforço para qualquer aluno que esteja com alguma dificuldade. Posteriormente minha caçula passou novamente por dificuldades de adaptação, e a escola fez questão de propor um novo plano individualizado, com diversas ações da escola e da família”.
A mãe se mostra satisfeita com a mudança de escola e aconselha outros pais na mesma situação. “Os pais não precisam ter medo de mudar e questionar suas escolhas enquanto pais. Independente do momento do ano. É importante estarmos atentos aos sinais que as crianças dão e ao nosso coração, conversarmos, analisarmos o que realmente queremos priorizar para nossos filhos, em cada fase da vida deles”.