Muita coisa mudou na indústria casamenteira nas últimas décadas… Os estilos dos ternos, vestidos, maquiagens e penteados, as tendências fotográficas, o buffett servido nas casas de festas, dentre muitos outros. E até uma velha obrigatoriedade também já não existe mais. Antigamente, para quem não sabe, era obrigatório por lei a mulher adicionar o sobrenome do marido ao se casar. Atualmente, contudo, essa prática se tornou facultativa e já é possível, inclusive, que o homem adote o sobrenome da mulher.
Acrescentar um sobrenome, retirar o outro, manter como está… Essa não é uma escolha fácil, já que muitas vezes envolve não apenas o casal, mas a família dos noivos. As mais tradicionais, por exemplo, podem atribuir à decisão da mulher de não incluir o sobrenome do marido uma atitude negativa ou recusa de “fazer parte da família”.
O segredo, então, é o casal conversar e chegar a um acordo. A assistente social Stephany Lebarck e o mecânico Bruno Shueng decidiram que cada um pegaria um sobrenome do outro. “Nós quisemos misturar um pouco das duas famílias. Eu adorei o sobrenome, ficou diferente e não tivemos problema”, conta Stephany.
Qual é o certo?
A troca do sobrenome não é obrigatória. Fernando Brandão Coelho Vieira, presidente do Sindicato dos Notários e Registradores do Estado do Espírito Santo (Sinoreg/ES), explica que o Artigo 1.565 do Código Civil em vigor estabeleceu a possibilidade de ambos os noivos acrescentarem o sobrenome de família no casamento.
“Apenas acrescentar o sobrenome do noivo ou alterar, suprimindo um dos apelidos de família? Esta é uma resposta que vai variar em cada cartório, já que em Direito, sobre um mesmo assunto, entendimentos diversos são possíveis. Por essa razão, os nubentes deverão consultar no cartório qual é o entendimento do juízo competente que fiscaliza os serviços extrajudiciais daquela localidade”, orienta Brandão.
Trocando os papéis
Sem dúvida, um dos principais fatores que dificultam a decisão da escolha do sobrenome do casal é a troca de documentos, devido aos trâmites burocráticos na hora da alteração. Algumas pessoas têm receio de que esse processo leve muito tempo ou que a mudança de sobrenome cause algum problema futuro. Mas trocar os documentos não é tão burocrático quanto parece. O casal pode fazer a troca dos papéis de acordo com sua conveniência e seu tempo.