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Capixaba afirma que carro foi clonado e não para de receber multas em casa

De acordo com informações da Delegacia de Defraudações, situações como a da jovem são cada vez mais comuns e o número de registros envolvendo placas clonadas cresceu

Carro supostamente clonado teria sido apreendido em Pedro Canário Foto: TV Vitória

Comprar um carro novo é o sonho de muitas pessoas. Há três anos, Marina Brochieri realizou o desejo e conseguiu adquirir o próprio automóvel. Porém, a alegria da compra durou pouco tempo. A primeira dor de cabeça chegou através dos Correios.

“Eu passei na portaria do meu prédio e me entregaram uma multa por excesso de velocidade. Essa multa aconteceu em Minas Gerais e o meu carro nunca saiu do Estado. Imediatamente eu vi que tinha algo errado”, declarou.  

Marina conseguiu uma cópia da multa. No documento do veículo constavam todos os dados da proprietária. A única diferença era o número do chassi. Por ser a primeira dona do carro, Marina conseguiu provar que o veículo dela não era clonado, mas os problemas não acabaram. 

Segundo a jovem, ela recebeu uma multa por dirigir embriagada. “Um ano depois eu recebi outra multa. Dessa vez, por dirigir sem carteira de habilitação e embriagada. A multa foi gerada em Pedro Canário. Com toda a situação fiquei achei que o veículo tivesse sido apreendido”, afirmou

A jovem procurou uma delegacia para tentar resolver o problema, mas não conseguiu. Desesperada, Marina decidiu procurar o motorista que estava usando o veículo clonado por contra própria. “Eu contratei uma pessoa que localizou o carro e o endereço do clone. Eu fiz uma denúncia e pegaram o carro clonado em Pedro Canário. Achei que o carro fosse ficar lá, apreendido, mas liberaram”, contou.

Com o carro liberador, as multas continuaram chegando. Segundo Mariana, ela entrou com um processo contra o Detran, mas perdeu. “ Levei os documentos obtidos até o Detran. Na última semana o meu processo foi recusado e recebi uma cobrança”, explicou. 

De acordo com informações da Delegacia de Defraudações, situações como a da jovem são cada vez mais comuns e o número de registros envolvendo placas clonadas cresceu. De janeiro a dezembro deste ano foram mais de 300 ocorrências. Do total, 140 só na Grande Vitória. 

Detran
O Detran afirmou que não consta no dossiê do veículo de Marina a indicação de clonagem. Segundo O Detran, a jovem deve obter o laudo de que o carro é original. Com o documento, é necessário realizar um boletim de ocorrência e depois procurar o CIRETRAN.

Ainda segundo o órgão, a proprietária deve recorrer das infrações uma a uma, já que o processo sobre a clonagem não vale como recurso de multa. A jovem deve manter o protocolo de requerimento do Detran no veículo, para o caso de alguma fiscalização.