Geral

Mulher fica 21 dias em jejum e nutricionista capixaba explica os riscos dessa prática

A nutricionista Bianca Cangini explica que não recomenda esse tipo de jejum aos pacientes, principalmente para pessoas que são leigas no assunto e que fazem sem acompanhamento médico

Você já pensou em como seria passar 21 dias sem comer nada? Sem nenhuma refeição, nenhuma beliscada o dia todo?

 Para Patrícia, o jejum é uma poderosa ferramenta capaz de limpar e desintoxicar todo o corpo das substâncias e toxinas que ingerimos Foto: R7

Nada de frutas, legumes, verduras, sem pão ou carne, bebendo apenas água, muita água. A experiência, desafiadora, foi vivenciada pela coach nutricional Patrícia Barreto, e relatada dia a dia em seu canal no Youtube, “Detox e Saúde”. 

Mas, afinal, por que se submeter a um processo considerado por muitos como radical e até prejudicial à saúde? Para Patrícia, o jejum é uma poderosa ferramenta terapêutica capaz de limpar e desintoxicar todo o corpo das substâncias e toxinas que ingerimos diariamente por meio dos alimentos, medicamentos, cosméticos, etc.

Dieta do tipo sanguíneo ou detox? Confira as dietas mais buscadas na internet e seus efeitos!

“Não existem relatos de malefícios causados pela prática do jejum, porém, todos conhecem os inúmeros problemas causados pela alimentação excessiva e industrializada. Doenças como pressão alta, diabetes, doenças cardiovasculares e câncer estão diretamente ligadas à nossa alimentação e estilo de vida. Estamos comendo muito e o tempo todo, não fornecemos ao organismo o descanso necessário à cura e reparação celular”, disse a coach.

Já a nutricionista Bianca Cangini explica que não recomenda esse tipo de jejum aos pacientes, principalmente para pessoas que são leigas no assunto e que fazem sem acompanhamento médico exclusivo. “É possível fazer porque ela conseguiu, mas ela deve ter tido um acompanhamento exclusivo. Como nutricionista, não indico uma pessoa leiga a fazer esse processo. Não recomendo, principalmente, para gestantes, idosos, crianças “, explica.

Cangini ressalta que os praticantes de jejum podem ter queda de pressão e desmaios e que a prática não deve ser feita por idosos, gestantes e crianças. Por outro lado, a nutricionista explica que para alguns pacientes ela recomenda o jejum intermitente, mas sob acompanhamento nutricional.

“O que indicaria é o jejum intermitente, umas duas vezes na semana e no máximo por 18 horas. Por exemplo, na sexta-feira a pessoa se alimenta com uma dieta Low Carb, para de se alimentar e depois só come às 11 horas do dia seguinte. Toma um chá, almoça, come oleaginosas, come uma janta e depois faz jejum de novo. E mesmo assim com alguns cuidados. Quando passo o jejum intermitente, recomendo o paciente a não ir para a academia nesses dias”, conta. 

A nutricionista ainda explica que não há risco da pessoa engordar depois de um jejum intermitente, pois ela continua seguindo o plano alimentar recomendado por um especialista.