Na última semana, um caso chamou a atenção de moradores do bairro Marcílio de Noronha, em Viana. Uma filmagem, feita por populares, mostra o momento em que uma mulher agride uma jovem após a vítima cobrar uma dívida trabalhista. Após a repercussão do caso, a agressora resolveu dar a própria versão.
O caso aconteceu na quinta-feira (20). A jovem agredida tem 19 anos e teria ido cobrar por um serviço realizado. Segundo a agressora, um valor de R$ 670 foi pago a ela. Até um recibo foi assinado. No entanto, a jovem não estaria satisfeita com o valor.
A mulher que agrediu a jovem é uma comerciante e preferiu não ser identificada, por questões de segurança. “Ela era uma funcionária do meu marido. Ela trabalhou 30 dias e recebeu. eu tenho a nota em mãos, só que ela não estava de acordo com o valor que recebeu. Então ela queria mais e meu marido falou para que ela procurasse a Justiça, que é um direito dela. Ela continuou. Entrava no quilão, jogava as coisas no chão, hostilizava os clientes e também hostilizava ele bastante”, contou.
Segundo a agressora, quando a ex-funcionária entrou na loja para tirar satisfações, já foi com violência. “Eu falei com ela: ‘olha só, não faça o que você fez’. Ela falou que faz e faria tudo de novo, veio pra cima de mim e me agrediu. Nisso, lá dentro, eu agredi ela também. Só que ela saiu para fora, pois já tinha arquitetado toda a situação. Já tinha combinado com uma pessoa para filmar e deixou só ela apanhar. Ela não se defendeu de forma nenhuma”.
Em entrevista à TV Vitória, a jovem agredida confirmou o motivo da briga, e disse que não esperava isso da mulher. “Isso aconteceu porque tinha meses que eu não cobrava, e quando fui cobrar, ela não gostou e foi no meu trabalho. Trabalhei para eles três meses e dois dias. Ele me pagava de pouco a pouco. Ainda me deve R$ 690”, contou.
O carro da família da agressora foi apedrejado depois do ocorrido. Segundo ela, foi uma atitude de alguns moradores para vingar as agressões. A mulher ainda contou que é vizinha da jovem há quase 20 anos e elas não tinham problemas. Agora, depois da confusão, ela teve que se mudar do bairro e diz estar sofrendo ameaças.
“Não podemos mais voltar para o bairro, pois estou sendo ameaçada. Enquanto eu estava na delegacia, o irmão dela invadiu minha casa. Ele foi lá e ameaçou meu marido. Meu bebê de sete meses estava em casa e meu outro filho também”, disse.
Agora, o que a responsável pelas agressões mais deseja é que a história se resolva. “Estou sofrendo ameaças. Eu fiz errado? Sim! Peço perdão a ela. Eu errei e não deveria ter feito isso”, lamentou.
A Polícia Civil informou que as duas conduzidas foram ouvidas e liberadas. O caso foi registrado como vias de fato. Nenhuma das envolvidas apresentava lesões aparentes e ambas preferiram não representar criminalmente.