Uma moradora da região Noroeste do Espírito Santo ganhou na Justiça uma indenização por danos morais após receber um falso diagnóstico de sífilis.
A mulher chegou a iniciar o tratamento contra a doença e alegou no processo judicial que teve relacionamentos abalados pelo resultado errado.
O caso foi divulgado pelo Tribunal de Justiça do Estado, que não publicou o número do processo, além de manter em privado o nome da moradora e do laboratório responsável.
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Segundo o relato da mulher, a percepção do erro se deu devido à falta de sintomas. Ao comparecer ao local novamente para mais exames de confirmação, ela foi informada de que o primeiro teste pertencia a outro paciente.
O laboratório admitiu que houve um erro da digitalização do resultado do exame, no entanto, como defesa, afirmou ter feito contato de forma imediata com a paciente ao perceber o equívoco.
Ainda segundo a contestação, os acusados ressaltaram que a mulher deveria ter esperado o exame de confirmação antes de iniciar o tratamento.
Análise do caso
Durante o julgamento, foi comprovada a troca de resultados entre os pacientes, evidenciando a falha na prestação de serviço por parte do laboratório.
Além disso, foi destacado que a empresa levou de 3 a 4 dias para informar a mulher do erro, sob a alegação de que não conseguiu entrar em contato com a paciente anteriormente. Para o juiz, porém, o laboratório poderia localizá-la caso necessário.
A demora da empresa, segundo a análise da Justiça, fez com que a mulher tomasse a medicação. O argumento da falta de espera antes de tomar a medicação também não foi aceito, visto que a paciente estava seguindo orientações médicas.
Diante destes fatos, considerou-se também o conflito gerado na relação conjugal da mulher, até que o erro fosse notificado. Houve também danos ao ambiente de trabalho, pois a notícia chegou ao conhecimento dos colegas de carreira da mulher.
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