O Museu Capixaba do Negro (Mucane), responsável pela difusão e preservação da cultura dos povos afrodescendentes, foi entregue neste sábado (23), após passar por obras de restauração. Durante o evento, foi montada uma programação com apresentações de dança e música.
O espaço, criado no ano de 1983, durante o governo de Albuíno Cunha de Azeredo, localizado no Centro de Vitória, estava fechado para restaurações desde o ano de 2022. Segundo a Prefeitura de Vitória, o investimento foi mais R$ 500 mil.
O prefeito da capital, Lorenzo Pazolini esteve na inauguração e afirmou que, as obras do museu não são apenas uma reforma, mas um grande restauro. Com isso, é preservada a história e a cultura.
“Hoje temos uma manhã muito especial, estamos devolvendo aos capixabas e brasileiros um espaço que é extremante significativo para nós. Principalmente para o abandono ficar para trás e hoje temos a inauguração e as futuras gerações”, narrou.
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O secretário de Obras da Prefeitura de Vitória, Gustavo Perin, lembrou que, em decorrência da pandemia da Covid-19, o espaço ficou um período atividades. E diante disso, problemas surgiram no prédio.
Inicialmente foi realizada uma obra emergencial, mas, teve necessidade de intervenções mais estruturais como no telhado, troca de forro, decorrente do cuidado necessário”, narra o secretário
A cabeleireira Fernanda da Silva Fraga, aproveitou a data de estreia para conhecer o espaço pela primeira vez e gostou do que viu. “Maravilhoso o espaço, bem amplo e gosto da oportunidade dele ser utilizado para expressões artísticas, culturais”.
Outra visitante que também sentiu orgulho de participar da inauguração é a aposentada, Waldiceia Peçanha de Azeredo. “Foi muito gratificante, é uma coisa que vai fazer parte da minha família e vida”.
“Dedicado ao povo afrodescendente”
Segundo a Prefeitura de Vitória, no seu surgimento, foi o primeiro museu dedicado ao povo afrodescendente no Brasil. Desde então, se tornou um centro de referência para a cultura e visibilidade de artistas e produtores negros, bem como a população negra capixaba.
O espaço é voltado para à difusão da cultura imaterial afro-brasileira. Por esse motivo, não é um Museu “da escravidão”, pois não é um espaço dedicado ao resgate da memória de sofrimento e desumanização do negro brasileiro, mas, de suas potências, de sua arte e manifestações culturais.
*Com informações da repórter Gabriela Valdetaro, da TV Vitoria/ Record TV
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