Doze caçambas de caminhões repletas de lixo e entulho, potenciais criadouros do mosquito Aedes aegypt, que transmite dengue, chikungunya e zika. Esse foi o saldo do mutirão de limpeza realizado pela prefeitura de Cachoeiro no fim de semana.
Os resíduos foram recolhidos em residências nos seis bairros e três distritos que mais registraram casos de dengue neste ano. Além de colaborarem com a ação, separando os materiais para descarte, moradores Soturno, Itaoca, Córrego dos Monos, Zumbi, Vila Rica, São Geraldo, Novo Parque, Paraíso e Amarelo também receberam orientações das equipes envolvidas.
De acordo com o subsecretário municipal de Assistência em Saúde, Victor Barbieri, muitos focos foram encontrados nas casas, em locais como caixas de água destampadas, em potes de água para animais e em pneus velhos em terrenos, principalmente.
Para ele, o resultado da ação foi positivo, mas a população precisa redobrar a atenção. “O poder público está atuando, intensificando o trabalho de combate ao mosquito. Porém todos precisam ficar vigilantes, principalmente nesse período de mais chuvas, que aumenta o risco de proliferação de mosquito”, salienta.
A recomendação é evitar água parada, pois 90% dos focos do mosquito estão dentro das casas. Tampar a caixa d’água, limpar bebedouros de animais com esponja todos os dias, evitar o acúmulo em vasos de plantas e outros recipientes são medidas simples que ajudam no combate à doença.
As ações de reforço na conscientização continuam nesta semana. Agentes comunitários de saúde vão levar panfletos, de casa em casa, com orientações sobre como evitar a proliferação do mosquito.
Zika
Outro forte motivo para combater o mosquito Aedes aegypt é evitar a transmissão do vírus que provoca a zika, doença que já tem casos registrados no Brasil, mas não em Cachoeiro. A ocorrência em mulheres grávidas está relacionada a casos de microencefalia em bebês. Os sintomas são parecidos com os da dengue, porém mais brandos: manchas vermelhas na pele, febre baixa e coceira.