Ana Luiza Balbi, uma adolescente de 16 anos de idade, foi diagnosticada, em 29 de junho de 2020, com um câncer chamado “neuroblastoma”, no estágio 3, que é um tumor que cresce em partes do sistema nervoso ou nas glândulas adrenais.
Desde então, os médicos correram contra o tempo para diminuir o tumor, com quimioterapias e intervenções cirúrgicas. Esperançosa, ela agora continua o tratamento em São Paulo.
Segundo a mãe da menina, Cristiani Miossi Balbi, de 38 anos, técnica em enfermagem, mas precisou parar de trabalhar para acompanhar a filha, quando veio o diagnóstico, o tumor media 21 centímetros na região pélvica da adolescente.
Ana Luiza contou que, em Vitória, veio realizando o tratamento no Hospital Infantil Milena Gottardi. “Lá começamos com uma laparotomia pélvica para biópsia e, com a confirmação pelos médicos, venho fazendo vários blocos de quimioterapias, de efeitos colaterais intensos e cirurgias para retirada dos tumores durante três anos”, contou.
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Tratamento em São Paulo
A notícia boa foi uma seleção para tratamento em São Paulo, no hospital Gpaci, em Sorocaba, que aconteceu no dia 11 do mês passado, após a confirmação, por exames de imagem, de que a doença tinha estagnado, sem reincidir.
A partir daí, houve a possibilidade do transplante celular autólogo (feito com as células-tronco da própria paciente), com a garantia de que a doença nunca mais voltará.
“Chegamos no dia 11 de junho e vamos ficar mais ou menos até o final de julho. Dependendo dos exames dela, da alta médica e da estabilização clínica. Tem sido bastante difícil, pois estou desempregada, estamos em outro Estado, tudo muito diferente, mas a equipe daqui está fazendo todo o possível para ser tudo muito tranquilo. O próximo passo é, depois de quatro dias de quimioterapia, passar por um transplante nesta terça-feira (04), com infusão de células”, explicou a mãe.
A menina comemorou a conquista. “Agora, com a indicação do transplante no hospital Gpaci, em Sorocaba, estou mais esperançosa do que nunca, porque é a minha nova vida, e a minha cura total do câncer”, afirmou.
Na sequência do transplante, de acordo com Cristiani, serão feitas coletas de exames diários para ajustes de medicações, controle de náuseas e dores.
“Então vamos aguardar, na sequência, o recebimento da medula, podendo ocorrer entre o 14° dia até 21 dias após a infusão”, contou.
Como foi feita a seleção
Conforme explica a mãe de Ana Luiza, após um longo tratamento, de quimioterapias e cirurgias, custeadas pelo Sistema Único de Saúde (Sus) e pelo governo do Espírito Santo, a adolescente foi selecionada para o tratamento em São Paulo.
Isso aconteceu após a equipe médica do Hospital Infantil Milena Gottardi averiguar que o tumor da menina havia estagnado.
“Em nosso Estado, o governo não realiza esse tipo de transplante para a idade dela, então os médicos resolveram tentar esse novo tratamento em São Paulo, já que o hospital Gpaci, em Sorocaba, é referência nesse tipo de tratamento. O que nos deixa mais confiante e com a certeza que fomos presenteadas, já que a Ana Luiza completou 16 anos uma semana antes de receber o transplante”, esclareceu Cristiani Balbi.
O governo do Espírito Santo, junto ao SUS, de acordo com a mãe, custeou todo o tratamento, bem como as passagens de avião, a internação das duas (Cristiani como acompanhante) e a medicação necessária.
“Quando eu retornar para casa, a alimentação dela, no entanto, passará a ter algumas restrições. Da última vez, ela precisou tomar um leite para fortalecer, e cada lata custava mais de R$ 50”, disse.
Aniversário da adolescente foi comemorado no hospital
O aniversário de Ana Luiza foi no último dia 28 de junho. Segundo a mãe, a equipe do hospital fez até bolo para a adolescente. “Eles foram muito carinhosos, cantaram parabéns, tudo para ficar mais leve”, disse.
Para Ana foi uma grata surpresa. “Meus últimos aniversários, ao longo desses três anos, passei no hospital, com internações, realizando exames sanguíneos e exames de imagem no geral. Esse último, que fiz 16 anos, passei aqui no Gpaci também, mas com médicos e enfermeiros mega atenciosos, tive uma “festinha” surpresa e um bolo maravilhoso”, comemorou.
Como ajudar
Para ajudar a família com o tratamento, que deverá ser acompanhado em São Paulo durante cinco anos, são recebidas doações pelo Pix 27 99753-6394.