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Na Rússia, cachoeirenses realizam sonho de estudar Medicina

Camille Rezende Sartorio, 17, ingressou na Universidade Médica Estatal de Kursk, mesma instituição onde Kellen Garbelotto acaba de se graduar médica

Foto: Kletkin Maxim Evgenievich/ Divulgação

Duas jovens cachoeirenses escolheram a cidade russa de Kursk para realizar o sonho de serem médicas. Camille Rezende Sartorio, de 17 anos, está de malas prontas para ir, e Kellen Garbelotto acaba de voltar com o diploma em mãos.

As duas optaram pela mesma instituição para estudar, a Universidade Médica Estatal de Kursk (KSMU), em Kursk, a 532 km ao sul de Moscou. Camille, que conseguiu a vaga após ser aprovada no processo seletivo da Aliança Russa, viaja em fevereiro.

Mesmo ansiosa, Camille afirma estar preparada para a nova fase. “Claro que estou com um frio na barriga, mas é uma questão de costume. Acredito que, com o tempo, estarei bem adaptada”, destaca. A jovem afirma que pretende voltar ao Brasil depois do término das aulas. Camille quer prestar o Revalida, principal sistema de revalidação para os cursos de medicina, para depois, quem sabe, retornar à Europa.

Formada

Já Kellen Garbelotto voltou de Kursk com o diploma. O curso, que teve duração de seis anos, permitiu à jovem crescer profissional e pessoalmente. “Aprendi a ter responsabilidades e a me adaptar em um país com cultura diferente”, conta.

Kellen agora pretende seguir carreira na área de reumatologia, mas não sabe ainda se no Brasil ou no exterior. “Estou aberta às possibilidades e oportunidades. Vou deixar as coisas fluírem normalmente para tomar a decisão certa”, afirma.

Baixo custo

Cursar Medicina na Rússia é um ótimo investimento. Isso porque o governo local subsidia os alunos estrangeiros que vão para o país estudar, o que diminui consideravelmente os custos. O semestre sai por aproximadamente US$ 3.100 (cerca de R$ 2.166 por mês, considerando o câmbio do dia 28 de janeiro. O valor é fixo até o aluno se formar), incluindo hospedagem e seguro médico. Valor muito inferior ao cobrado no Brasil.

Ao voltar para o país, o estudante submete o diploma ao processo de reconhecimento em uma universidade brasileira, o Revalida, que é um procedimento padrão para qualquer aluno que faça graduação em centros de ensino estrangeiros. Cerca de 80% dos estudantes obtêm o registro no Conselho Regional de Medicina no mesmo ano em que chegam.

No total, mais de 100 médicos brasileiros já se graduaram pela Instituição e agora atuam em hospitais e clínicas nos quatro cantos do país. Outros 500 estudam atualmente medicina na Universidade Médica Estatal de Kursk.