A autora em seu primeiro livro No Quintal de Janaína, homenageia a terra multicores, o solo espírito-santense, suas belezas e sua gente, os capixabas. “Vivo aqui há quarenta anos, amo esta geografia que nos permite estar pela manhã nas serras com seu clima europeu e a tarde, nas praias, com sua luz do sol e a energia do sal e das brisas em suas areias monazíticas”, diz Valéria Rusa Corradi.
Com 57 páginas, No Quintal de Janaína tem muita emoção, “um texto literário que ora nos leva em direção ao discurso real e ora ao discurso ficcional”, como diz Neusa Jordem em seu Prefácio. A autora, em sua narrativa, descreve o canto dos pássaros, o pensar fora da caixa, o observar o outro, o defender o meio ambiente e o ambiente a seu redor. Faz ainda apelo aos pais “Cabe a vocês fazerem a seleção. Dar o seu crivo na leitura. Selecionarem o que pode ajudar no desenvolvimento e formação dos indivíduos do amanhã. As experiências de Janaína darão o tônus. Somos livres nas escolhas”, diz a autora.
Lançado em maio, o livro da ativista Valéria Rusa Corradi tem prefácio da escritora Neusa Jordem que cita Ernest Hermingway quando dizia “o livro deve valer muito pelo que nele não entrou”. “Acredito ser este um jeito para se qualificar o livro No Quintal de Janaína: ser muito mais leitor e descobrir livros de escritores que também são muito leitores e que, então, tenham muito para não escrever o livro, o autor que pensa e elabora muitas coisas ao construir uma personagem” diz Neusa.
Valéria conta que a edição deste livro foi pensado junto com o marido Pedro Corradi, para marcar as suas bodas de Cristal, comemorada em fevereiro deste ano. “Ao invés de fazer festa, o que não poderia pela aglomeração, ao invés de gastar com uma jóia que meliantes roubam, ao invés de fazermos cirurgias plásticas que por apenas vaidade não retrocedem a data de nascimento, ao invés de qualquer outra opção, preferimos deixar um legado, um livro com grande apelo social e ambiental”.
A autora que reside no Vale da Estação em Domingos Martins, diz que “se o leitor for do município saberá que a pessoa à quem se refere no início da história trata-se do admirável Sr. Gustavo Wernersbach, que não só teve um papel super importante nos “exemplos” que deixou com suas condutas, como até hoje se pende no indivíduo mais respeitado e admirado que aqui tivemos e que bem mereceria um busto em bronze, ou sua personificação como homem de pé, que mantinha o habito carinhoso, educado e manso ao se dirigir as pessoas para lhes falar, próximo aos seus ouvidos”.
O livro No Quintal de Janaína é classificado como Literatura Brasileira, com capa de Alba Schuartz e Maria de Fátima Buge kautsky, editado pela Editora Jordem. “Mandei meu livro pelo correio para várias instituições e, a partir de agora, pertencerá a quem o ler, emprestar, solidarizar, quiser entrar na campanha da educação da “gentileza” para a próxima geração. Crianças precisam saber de “sexo” desde o mais cedo possível, principalmente as que não tem acesso fácil a bibliotecas e livros, para entenderem que é errado serem molestadas, estupradas, aliciadas” diz Valéria.
O livro pode ser adquirido com a autora através do e-mail [email protected] ou do telefone 27.9881.35336, no valor de R$ 39,00 cada exemplar ou dois por R$ 70,00. “É um lindo presente que custa bem menos que um prato em qualquer médio restaurante”, diz Valéria.
Ela faz questão de salientar que um livro traz com ele, sólidos ensinamentos para toda uma vida. “Vestir os filhos de saberes é mais essencial que qualquer outro investimento. Que o pio desesperado do pássaro preto, significado do nome Janaína, ecoe, incomode e desperte o ser humano; esta criatura que desdenha a natureza por suas próprias abomináveis ações”, finaliza Valéria.