Após aproximadamente sete dias de buscas, a nora de um dos pescadores desaparecidos pede por ajuda e se emociona durante entrevista à TV Vitória/Record TV.
Suelen Lyrio é nora do mestre de embarcação, Antônio Luiz, que está desaparecido em alto mar junto de outros três homens. A família recebeu informações de que o barco teria sido avistado, sem confirmação da Marinha.
“Precisamos de suporte de todo o tipo, pelo mar, pelo ar e também pelas praias. Eles podem estar em uma ilha ou em uma praia e precisando de ajuda”, desabafou.
As buscas estão sendo feitas pela Capitania dos Portos do Espírito Santo (CPES) e contam com apoio do helicóptero do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo (Notaer), da Secretaria da Casa Militar do Estado.
De acordo com familiares dos pescadores, a embarcação “Vivendo na Fé” deixou a cidade de Alcobaça, no Sul da Bahia, no dia 6 de outubro.
A previsão era que Rogério de Oliveira Nascimento, José Henrique Lopes da Silva, Imaclei Pinheiros Neves e Antônio Luiz Rodrigues Pereira chegassem em Vitória no último dia 21, o que não aconteceu.
“Meu sogro é experiente na pesca e nós sabemos que é comum um barco de pesca ficar em alto-mar por um período de 14 a 15 dias. Mas após dois dias sem receber informações dele por meio da Vitória-Rádio, que é utilizada pelos pescadores para comunicação, nós começamos a buscá-los”, contou.
Preocupados, familiares dos tripulantes acionaram a Capitania dos Portos na última segunda-feira (25). A partir daí, foi iniciada uma ampla divulgação para alertar todos os navegantes sobre o desaparecimento dos pescadores.
Suelen diz ainda que a família recebeu um alerta de outros barcos pesqueiros de que a embarcação estaria ancorada, sem a tripulação à bordo, na região Sul de São Mateus, mas a Marinha não confirmou essa informação.
“A embarcação foi encontrada ancorada, não solta e virada. Então eles provavelmente estavam esperando uma tempestade passar e foram pegos de surpresa por alguma coisa”.
As famílias dos pescadores Rogério de Oliveira Nascimento e de José Henrique Lopes da Silva estiveram em frente à sede da Capitania, em Vitoria, na manhã desta quinta-feira (28), junto com a família do mestre da embarcação.
De acordo com a CPES, as buscas continuam, mas até o final da manhã não havia novas informações.
As causas e responsabilidades do acidente serão apuradas no Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) conduzido pela Capitania.
Concluído o inquérito e cumpridas as formalidades legais, o documento será encaminhado ao Tribunal Marítimo, que fará a devida distribuição e autuação e dará vista à Procuradoria Especial da Marinha para que adote as medidas cabíveis.
* Com informações da repórter Alessandra Ximenes, da TV Vitória/Record TV
